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25/03/2013 - 21h14

Promotoria pede nova prisão de médica acusada de matar pacientes em UTI

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DE CURITIBA

O Ministério Público do Paraná protocolou, nesta segunda-feira (25), novo pedido de prisão preventiva da médica Virgínia Helena Soares de Souza, acusada de provocar a morte de pacientes em uma UTI de Curitiba.

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Virgínia e outras sete pessoas foram denunciadas sob acusação de homicídio qualificado e formação de quadrilha por sete mortes ocorridas na UTI do Hospital Evangélico de Curitiba, que a médica chefiava desde 2006. Ela nega as acusações.

A médica foi presa em caráter provisório no dia 19 de fevereiro, quando ainda trabalhava no hospital, e permaneceu detida até a última quarta-feira, quando foi liberada por decisão da Justiça.

Andre Rodrigues/Gazeta do Povo/Folhapress
Médica acusada de matar ao menos sete pacientes em UTI do Hospital Evangélico de Curitiba deixa prisão no Paraná
Médica acusada de matar ao menos sete pacientes em UTI do Hospital Evangélico de Curitiba deixa prisão no Paraná

A revogação da prisão da médica, segundo o advogado de defesa Elias Mattar Assad, foi fundamentada na "falta de utilidade" da detenção. A defesa sustentou que Virgínia não exerce mais a chefia da UTI (cujo quadro de funcionários foi completamente alterado depois das prisões), tem endereço fixo e é ré primária.

A promotoria, porém, defende que Virgínia deve permanecer detida pelo fato de ter sido apontada como chefe da quadrilha. De acordo com o Ministério Público, ainda há relatos de ameaças a testemunhas.

O pedido deve ser apreciado pelo juiz Daniel Avelar, da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Curitiba. O caso corre em segredo de Justiça.

PRONTUÁRIOS

O "Fantástico" teve acesso ao prontuário de um dos pacientes da UTI, Ivo Spitzner, que morreu em janeiro. O documento mostra que, no dia da morte de Spitzner, o nível de oxigênio recebido por ele passou de 45% para 22% em menos de duas horas, atingindo quase o limite mínimo.

Em seguida, foram aplicados três medicamentos. Um deles é o Pavulon, remédio que bloqueia a ação de todos os músculos do corpo. O medicamento costuma ser usado em conjunto com o aparelho que controla a respiração --o que evita um esforço do paciente. Uma hora após receber o remédio, às 10h30, Spitzner morreu.

Ainda segundo Lobato, as investigações mostraram que alguns pacientes estavam acordados e conscientes momentos antes da morte.

A Folha não conseguiu contatar o advogado Elias Mattar Assad, responsável pela defesa de Virgínia. Na última semana, ele disse que as denúncias se devem a um "entendimento errôneo dos termos médicos".

 

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