Câmara de SP libera novos prédios na região da Barra Funda

A Câmara aprovou ontem projeto que libera a construção de novos imóveis em 1,8 milhão de metros quadrados nas regiões da Barra Funda e Perdizes, na zona oeste.

O texto com as novas diretrizes da Operação Urbana Água Branca, elaborado na gestão Gilberto Kassab (PSD), deve agora ir a segunda votação, mas os vereadores vão fazer mudanças.

A nova operação quer privilegiar a construção de empreendimentos de uso misto (residência e comércio no mesmo prédio).

Pelo menos 60 mil pessoas podem ser atraídas para a região, que ainda têm galpões comerciais que devem ser desapropriados.

O projeto prevê que a área da operação tenha 10 mil moradias com 45 m² e uma vaga na garagem, para pessoas com renda entre dez e 20 salários mínimos. No total, serão 22 mil moradias --outras 2.000 para pessoas com baixa renda e 10 mil que poderiam ter unidades maiores.

	Editoria de arte/Folhapress

De acordo com o texto, para incentivar prédios com espaço comercial no andar térreo, a prefeitura pode dar desconto nos pagamentos de Cepacs, títulos que permitem construir edifícios na cidade.

A ideia com a operação é criar edifícios com pequenos comércios na porta.

Elaborado pelo ex-secretário de Desenvolvimento Urbano Miguel Bucalem, o plano prioriza o transporte público, já que a região tem estações de metrô e trem e corredores de ônibus. O número de garagens nos prédios também é restrito, segundo o texto.

Mesmo assim, há urbanistas que apontam para o risco de colapso no trânsito da região, que já é carregado. A área, que sofre com enchentes, também necessita de obras de drenagem.

Cerca de R$ 1 bilhão obtido com a venda de Cepacs será investido em obras de drenagem, incluindo a implementação de parques lineares, diz o projeto.

Segundo o vereador Nabil Bonduki, haverá mudanças no projeto após audiências públicas, como o aumento de empreendimentos residenciais para baixa renda.