Aos 12 anos, jogando nas quadras do colégio em Jundiaí (SP), Marcelo Gragnani chamou a atenção de um professor de educação física por seu talento no basquete –ganhou muitos prêmios pela escola e dedicou sua vida à modalidade, levando vários títulos para a cidade.
Chegou a cursar o primeiro ano de administração de empresas e, nos anos 90, se arriscou como empresário da educação. Criou a primeira escola ecológica da cidade, onde crianças tinham aulas de recreação com plantas animais.
Mesmo assim, Marcelo optou pela cesta e o garrafão. Além de ser conhecido como um atleta exemplar e disciplinado, era o mais animado da turma, namorador e um grande amigo.
"Ele fazia sucesso com as meninas. Além de bonito, chamava a atenção pelas brincadeiras nas rodas de conversa", lembra o amigo Cassiano D'Angieri.
Altruísta, uma vez salvou uma senhora do ataque de um pitbull, diz o irmão Rodolfo.
Como profissional, jogou nos times Regatas de Campinas e no Sírio Libanês, em SP. Era ala e tinha uma precisão incrível para arremessos.
Nas horas de lazer, gostava de viajar pelo país e era um artista cover de Sidney Magal e Elvis Presley, subindo nas mesas de bar e puxando o coro com os amigos. Não se vestia como os ídolos. Seu forte mesmo era o gogó –tal façanha o levou a se apresentar no extinto programa do Chacrinha.
Nos últimos tempos, estava morando com os filhos em Cerquilho (SP).
Morreu no dia 28, aos 53, devido a um câncer. Deixa os pais, três irmãos, a mulher e os dois filhos, Marcela e Tomas.
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