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PMs que liberaram motorista após morte de filho de Cissa devem depor hoje
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DIANA BRITO
DO RIO
Os policiais militares que liberaram o motorista que atropelou e matou Rafael Mascarenhas, 18, filho da atriz Cissa Guimarães, devem prestar depoimento nesta terça-feira na corregedoria da PM do Rio. Segundo a corporação, foi pedida a quebra de sigilo telefônico do sargento Marcelo Leal Martins e do cabo Marcelo Bigon, que pararam o veículo após o acidente.
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Motorista que atropelou filho de Cissa Guimarães presta novo depoimento no Rio
As polícias Civil e Militar investigam a participação de um terceiro policial no caso. Rafael Bussamra, 25 --que atropelou Mascarenhas-- disse ontem em novo depoimento na delegacia da Gávea que os dois PMs que o abordaram conversavam, ou simulavam conversar, com um terceiro policial pelo rádio, que teria dito que o rapaz atropelado [Rafael Mascarenhas] estava bem e fora de risco.
AgNews |
A atriz Cissa Guimarães e o filho Rafael Mascarenhas, 18, morto na semana passada, em evento no Rio |
Ontem, a corregedoria da Polícia Militar pediu --durante reunião com a Justiça Militar e com o Ministério Público-- a prisão preventiva dos dois policiais envolvidos no caso. A corporação informou que caberá à titular da Auditoria da Justiça Militar do Estado, a juíza Ana Paula Barros, decidir se decreta hoje a prisão preventiva dos PMS --que já estão presos administrativamente.
Com a decisão, os dois policiais devem ser transferidos para o BEP (Batalhão Especial Prisional), em Benfica (zona norte), onde permanecerão presos até a finalização do inquérito. A Folha não conseguiu localizar nenhum defensor dos PMs na manhã desta terça.
A prisão administrativa do sargento Martins, que se apresentou domingo, e do cabo Bigon (detido no sábado) havia sido determinada pelo comandante da PM do Rio, coronel Mário Sérgio Duarte, pós tomar conhecimento do depoimento de Roberto Bussamra, pai do atropelador Rafael Bussamra. Ele afirmou à Polícia Civil que pagou R$ 1.000 para que o cabo e um sargento liberassem seu filho após o acidente.
Duarte também tinha pedido a prisão preventiva dos PMs, mas o Tribunal de Justiça do Rio negou. O juiz Alberto Fraga informou que vetou o pedido por não haver indícios e provas para embasar a custódia tutelar.
Além disso, os policiais não possuem antecedentes criminais e "há anos integram a corporação militar, o que permite concluir pela ausência de sua periculosidade", afirmou o juiz na sentença. De acordo com a decisão, a liberdade dos policiais não "acarreta qualquer ameaça seja à ordem pública, seja à aplicação penal, ou seja à oitiva das testemunhas".
MORTE
Rafael Mascarenhas chegou a ser levado com vida para o Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea. Ele passou por uma cirurgia, mas não resistiu aos ferimentos e morreu ao final do procedimento médico. A Secretaria Municipal de Saúde informou que a causa da morte de Rafael foi hemorragia interna e politraumatismo. Seu corpo foi cremado na quinta-feira (22).
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