Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
19/08/2010 - 07h43

Polícia diz que filha é suspeita pela morte de ex-ministro; defesa pede liberdade

Publicidade

DE BRASÍLIA

Pedro Cardoso, diretor-geral da Polícia Civil do Distrito Federal, afirmou que Adriana Villela, 46, filha do ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Guilherme Villela e da advogada Maria Carvalho Villela, assassinados em 2009, está entre os principais suspeitos do crime. "A linha de suspeição é muito forte", disse ele.

Indícios apontam participação de filha no assassinato
Vidente e prova "plantada" levaram à prisão de filha
Polícia prende filha de ex-ministro morto a facadas
Polícia prende dois suspeitos de matar ex-ministro do TSE em Brasília
Caso da morte de ex-advogado de Collor pode estar perto do fim, diz delegada

O casal e a empregada, Francisca da Silva, foram mortos com mais de 70 facadas em agosto de 2009 e encontrados três dias depois no apartamento das vítimas.

Desde então, as investigações da polícia tiveram idas e vindas, culminando no afastamento da primeira delegada do caso, Martha Vargas, após conclusão de que uma das provas fora "plantada".

Adriana foi presa anteontem com outras quatro pessoas que, segundo a polícia e a Justiça, estavam tentando desviar o curso das investigações. A prisão da filha do ministro do TSE é temporária e tem validade de 30 dias.

O advogado de defesa da filha do casal entrou com pedido de habeas corpus, que não havia sido julgado até o fim da noite de ontem (18).

Segundo a decisão que decretou as prisões, os indícios de envolvimento de Adriana nos crimes "assentam-se em provas testemunhais que atestam os conflitos por dinheiro entre ela e os pais".

"Há provas materiais, impressões digitais no apartamento das vítimas, local que pouco frequentava, além de sua extrema mobilização no dia do crime, a fim de criar um álibi", escreveu em sua decisão o juiz Fábio Esteves.

Além de Adriana, também foram presos Rosa Maria Jaques(auto-intitulada vidente), João Tocchetto de Oliveira (marido de Rosa Maria), Guiomar Cunha (ex-empregada do casal Villela) e José Augusto Alves (agente de polícia e braço direito da primeira delegada do caso).

Polícia Civil do Distrito Federal
Planta do apartamento do ex-ministro com os locais onde foram encontrados os corpos divulgada pela polícia em 2009
Planta do apartamento de Vilela, com os locais onde foram encontrados os corpos, divulgada pela polícia em 2009

OUTRO LADO

O advogado de Adriana, Eduardo Alckmin, diz que "a única função da prisão é submetê-la à execração pública e precipitada condenação".

Ligar sua cliente ao crime, diz Alckmin, é "açodamento da polícia que há um ano não consegue esclarecer [o crime]. Lamentavelmente a polícia está absolutamente equivocada". Alckmin alega ainda que os conflitos de Adriana com os pais estavam dentro da normalidade.

A defesa de Adriana apontou, em documento dirigido à OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), vários erros na investigação policial. Como o caso tramita em segredo de Justiça, a polícia e o Ministério Público não deram detalhes da reclamação.

Rosa Maria Jaques rejeitou a alegada interferência na investigação policial. A Folha não localizou os advogados dos demais presos.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página