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20/10/2010 - 16h07

Polícia afirma que "gangue do consulado" agia havia 3 meses em SP; 3 são presos

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AFONSO BENITES
DE SÃO PAULO

Três homens foram presos sob suspeita de integrar uma quadrilha especializada praticar sequestros relâmpagos e assaltar pessoas que procuravam o Consulado Geral dos Estados Unidos, na Chácara Santo Antônio, zona sul de São Paulo. Os criminosos agiam no local havia três meses, segundo a polícia.

As investigações da Divisão Antissequestro, da Polícia Civil, apontaram que o bando fazia ao menos um sequestro por dia na região. Por conta da ação no local, o grupo ficou conhecido entre os policiais como a "gangue do consulado".

"Eles sabem que quem ia até o consulado era porque tinha dinheiro", disse nesta quarta-feira o delegado Wagner Giudice, do Deic (Departamento de Investigações sobre Crime Organizado).

Oito vítimas já foram identificadas. Todas eram homens. Para o delegado Giudice, o número de pessoas sequestradas pelo grupo pode ser maior.

"Tem muita gente que não registrou boletim de ocorrência por temer retaliação. Agora, com a prisão desses três, esperamos que elas nos procurem", afirmou.

Nesta quarta, a polícia anunciou a prisão de três suspeitos: Laerte Pinheiro Teixeira, 21, Marcílio Carlos de Oliveira, 24, e Ericssom Leandro Fernandes de Souza, 26. Eles foram detidos em flagrante no último dia 14 logo após dispensarem uma vítima na região da marginal Pinheiros.

Um quarto membro da quadrilha, que teria auxiliado o trio nas abordagens, está sendo procurado.

Os policiais só chegaram ao grupo porque o modo de agir dele era sempre parecido. Armados, dois dos bandidos abordavam a vítima que estava em um carro estacionado nas proximidades da rua Henri Dunant, onde funciona o consulado, e o colocava no banco de passageiro.

De lá, a dupla encontrava o terceiro membro do grupo no estacionamento de um supermercado e entregava para ele os cartões bancários e as senhas da vítima. Era esse membro quem fazia os saques nos caixas eletrônicos.

Enquanto isso, os bandidos armados ficavam circulando pela marginal Pinheiros com a vítima. O sequestro levava cerca de uma hora. Depois, encontravam novamente o companheiro e dispensavam a vítima.

Com o trio, foram apreendidos cartões bancários, documentos, um revólver e um carro Citröen C3 que eles usavam nas abordagens. Esse veículo havia roubado há cerca de dois meses, mas não tinha sido encontrado porque a placa dele era de um outro carro de mesmo modelo.

À polícia, segundo o delegado Giudice, os três admitiram os crimes. A reportagem não teve acesso aos detidos nem aos seus advogados.

 

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