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Diretor da escola no Rio em que professora teria aliciado aluna é exonerado
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DIANA BRITO
DO RIO
A Secretaria Municipal de Educação informou que exonerou da função, nesta quarta-feira (3), o diretor da escola em Realengo onde uma professora de matemática teria aliciado uma aluna. Antes da exoneração, o diretor prestou depoimento na 33ª DP para esclarecer se sabia do relacionamento amoroso entre a docente e uma aluna de 13 anos.
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De acordo com a secretaria, todas as escolas, em casos de denúncia de abuso sexual, são orientadas a comunicar à polícia a suspeita e abrir uma sindicância administrativa para apurar os fatos. Além disso, o órgão orienta que o caso seja registrado no Conselho Tutelar.
Na tarde de ontem, a Polícia Civil do Rio informou que o diretor da escola, Luiz Santos Gomes, deverá ser indiciado por suspeita de omissão no caso da professora de matemática Cristiane Teixeira Maciel Barreiras, 33, indiciada sob suspeita de estupro de vulnerável e corrupção de menores.
Para o delegado Ângelo Lages, titular da 33ª DP (Realengo), Gomes foi omisso pois não interveio ao ser informado que a professora mantinha um relacionamento com a garota. Em depoimento na delegacia, o diretor da escola afirmou desconhecer qualquer envolvimento amoroso ou sexual entre as duas. Entretanto, a polícia apreendeu atas de reuniões da mãe da adolescente com a direção da escola, assinadas pelo diretor, nas quais ela se queixa da professora.
"Ele confessou que a letra é dele. Em um dos documentos, ele escreve que, segundo a mãe, a professora aliciava sua filha, que passava horas com ela, inclusive dormindo em sua casa", disse o delegado à Folha.
O advogado do diretor da escola, Carlos Dolezel, disse que o delegado está sendo "precipitado" ao dizer que seu cliente deve responder pelos mesmos crimes da professora. Segundo Dolezel, o professor não tinha conhecimento dos fatos e o que consta no inquérito policial aconteceu fora da escola.
"A professora chegou a visitar a menina em casa, com a permissão da mãe. Essa história está muito confusa no que diz respeito à relação entre a mãe e a professora. Não creio que haja embasamento jurídico algum para indiciá-lo".
Segundo o advogado, a ata afirma que havia "um relacionamento atípico" entre aluna e professora. "Mas não há em nenhum momento qualquer conotação sexual ou amorosa", afirmou o advogado de defesa.
O dono do motel onde professora e aluna supostamente se encontravam, pediu que seu depoimento fosse transferido para esta quinta-feira (4). A mãe da adolescente também deve ser ouvida novamente hoje.
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