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Sem acordo com empresas, aeroviários ameaçam greve na antevéspera do Natal
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DA AGÊNCIA BRASIL
DE SÃO PAULO
Fracassou a reunião desta quarta-feira entre aeroviários, aeronautas e empresas aéreas. Segundo a presidente do SNA (Sindicato Nacional dos Aeroviários), Selma Balbino, não houve qualquer avanço na proposta patronal, frente aos pedidos dos trabalhadores, o que aponta para uma greve nacional marcada para o próximo dia 23, antevéspera do Natal.
Aeroviários entram em estado de greve; paralisação será definida amanhã
"As empresas estão jogando no confronto. É preciso deixar claro que os trabalhadores vão para a greve dia 23 não por vontade de parar, mas por causa do radicalismo na mesa por parte da bancada patronal", afirmou Selma.
A sindicalista ressaltou que as empresas aéreas estão passando por um ótimo momento financeiro, impulsionado pelo grande número de passageiros. "Estão vivendo um céu de brigadeiro e não querem dividir nada de ganho real com os trabalhadores. Que fique claro: eles estão nos empurrando para a greve".
Na reunião de hoje, os aeroviários (funcionários que trabalham em terra) chegaram a reduzir a reivindicação de aumento salarial de 15% para 13%, mas as empresas mantiveram apenas a oferta de repor a inflação do período pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), calculada em 6,08%.
Segundo a assessoria do SNEA (Sindicato Nacional das Empresas Aéreas), o índice inclusive já está sendo incorporado nos salários de dezembro e também no 13º salário. O sindicato argumenta que as empresas estão sem capacidade de oferecer melhor proposta pois obtiveram apenas lucro operacional este ano.
A assessoria das empresas disse que não está trabalhando com a hipótese de greve, mas que se isso ocorrer os maiores prejudicados serão os passageiros.
No dia 8 de dezembro, uma outra reunião entre representantes dos sindicatos de aeronautas (tripulantes), aeroviários (que trabalham nos aeroportos) e companhias aéreas já havia terminado sem acordo.
Os aeroviários fizeram um protesto na avenida Vinte de Janeiro, único acesso ao aeroporto do Galeão, no Rio, e ao menos 53 passageiros perderam os voos na ocasião. Houve passeata e confronto com a PM.
Um dia antes (7), um grupo de aproximadamente 30 aeroviários já havia feito um protesto do aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo.
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