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Balanço da Infraero registra 20% de voos atrasados em todo o país
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COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Atualizado às 17h11.
Entre os 1.816 voos domésticos programados em todo o país nesta sexta-feira, 350 --quase 20%-- sofreram atrasos de mais de meia hora e 106 foram cancelados (5,8%) até as 17h. Isso significa que um em cada cinco voos decola com atraso em todo o país. A informação é da Infraero (estatal que administra os aeroportos do Brasil.
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A greve dos funcionários das empresas aéreas, que estava prevista para ontem, foi suspensa até o dia 10 de janeiro. Na manhã de quinta, quando foi anunciada a paralisação, o índice de voos atrasados era de 30,1% e o de cancelados, 5,5%.
Entre os grandes aeroportos, o de Guarulhos (Grande SP) apresentava o pior índice de atrasos do horário: 49 (31,8%) dos 154 programados e 5 (3,2%) cancelados. Já no aeroporto de Congonhas, zona sul de São Paulo, dos 156 voos programados, 24 (15,4%) sofreram atrasos e 29 (18,6%) foram cancelados.
No aeroporto Santos Dumont, no Rio, dos 114 voos, 11 (9,6%) estavam atrasados e 24 (21,1%) haviam sido cancelados. No Galeão, também no Rio, dos 82 voos, 17 (20,7%) sofreram atrasos e um foi cancelado (1,2%.
No aeroporto de Brasília, dos 132 voos programados, 31 (23,5%) estavam atrasados e 5 voos (3,8%) foram cancelados.
Nesta sexta, o presidente da Infraero, Murilo Marques Barboza, visitou os aeroportos do Rio --Santos Dumont e Galeão-- para inspecionar o funcionamento dos terminais.
Acompanhado pela presidente da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) no Galeão, ele verificou os dois terminais de passageiros e a área de triagem de bagagem. Barboza afirmou que o aeroporto está com a operação normal.
Já no Santos Dumont, Murilo Barboza conferiu a tranquilidade nas áreas de embarque e desembarque."Por aqui tudo fluindo muito bem", registrou o presidente.
LIMINAR CANCELADA
O SNA (Sindicato Nacional dos Aeroviários) conseguiu cancelar na Justiça, na noite desta quinta, liminar da Justiça Federal no Distrito Federal que estendia até 10 de janeiro a proibição de greve da categoria, sob pena de multa de R$ 3 milhões por dia no caso de descumprimento.
Portanto, fica mantida a decisão do TST (Tribunal Superior do Trabalho), da última quarta-feira (22), que determina atividade de 80% do efetivo dos aeronautas e aeroviários entre 23 de dezembro e 2 de janeiro de 2011.
Segundo a presidente do Sindicato Nacional dos Aeroviários, Selma Balbino, assim que receberam a notícia, os aeroviários suspenderam as manifestações feitas ontem no Rio de Janeiro, em Salvador, Confins e Brasília. "Vamos fazer uma pausa por conta do Natal e retomar segunda-feira [27] o comando da campanha", disse Selma.
Ela acrescenta que a maioria da categoria dos aeroviários ainda não soube da notícia. "Esperamos resolver essa situação antes do Ano Novo. É a nossa expectativa, não quer dizer que vá acontecer", aifrmou Balbino.
A greve do setor aéreo, que havia sido anunciada pela categoria, foi suspensa ontem de manhã após decisões judiciais.
PARALISAÇÃO
Ontem os aeroviários fizeram um protesto no Galeão. Segundo a presidente do Sindicato Nacional dos Aeroviários, Selma Balbino, o objetivo era fazer uma paralisação de 20% dos funcionários.
O protesto foi motivado pela decisão do TST (Tribunal Superior do Trabalho), diz Balbino, que obriga a manutenção de um efetivo de 80% dos trabalhadores do setor aéreo.
GREVE
A ameaça de greve dos funcionários começou após impasse nas negociações do reajuste salarial. No início da negociação, as empresas queriam apenas repor a inflação --calculada em 6% pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor)-- e oferecer ganhos reais somente a partir de abril. Os aeroviários (trabalhadores em terra) pediram reajuste de salários de 13% e um percentual ainda maior, de 30%, para os que recebem o piso. Os aeronautas aeronautas (pilotos e comissários) queriam aumento de 15%.
Após reunião na manhã de ontem, o sindicato patronal apresentou proposta de reajuste de 8% e desistiu, por enquanto, de mudar o dissídio (negociação de reajuste salarial) de dezembro para abril. A greve foi suspensa pelos funcionários, mas um acordo ainda não foi fechado.
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