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Com violência em alta, governador quer "pacto pela vida" na BA
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MATHEUS MAGENTA
DE SALVADOR
Sem conseguir frear o aumento do número de homicídios no Estado, o governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), propôs nesta terça-feira (25) a criação de um "pacto pela vida" com a participação de universidades, sindicatos, igrejas, deputados estaduais e promotores, entre outros. Só no último final de semana, foram registrados 21 homicídios na capital baiana.
"Sei que o maior responsável pela segurança é o governador e, portanto, eu sei dessa minha tarefa. Agora, compartilhar opiniões é importante no sistema democrático de gestão que eu acredito", afirmou Wagner, durante o programa "Conversa com o governador", produzido pela assessoria de comunicação do governo baiano.
Segundo Wagner, o pacto pela vida será um debate com os segmentos da sociedade "que pensam e se preocupam com a segurança" para ouvir críticas, opiniões e compartilhar parte da responsabilidade pela segurança com esses setores.
Entre 2007 e 2010, período da primeira gestão do petista, o número de homicídios em Salvador e região metropolitana aumentou 32,8%, segundo dados do governo baiano. O índice ficou praticamente estável nos dois últimos anos, com um pequeno aumento (0,32%).
A segurança pública é a área do governo petista mais criticada pelos adversários e dominou o debate nas eleições do ano passado, quando Wagner conseguiu se reeleger. O governo atribui o crescimento da violência ao aumento do consumo de crack, e não a problemas de gestão. Na semana passada, no entanto, Wagner trocou o secretário da Segurança Pública pela terceira vez desde 2007.
"O tráfico de drogas hoje é, sem dúvida, o maior responsável pelo volume de perda de vidas aqui na Bahia, em outros Estados e, eu diria, no mundo inteiro. Virou uma multinacional do mal", disse Wagner. Segundo o governo baiano, 80% dos crimes no Estado estão relacionados ao tráfico de drogas.
Em seu discurso de posse como governador reeleito, no último dia 1º, Wagner anunciou que irá criar uma superintendência para prevenção e acolhimento aos usuários de drogas do Estado.
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