Após chuvas, RJ tem mais de 80 casos de leptospirose

A Secretaria de Estado de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro registrou, até esta quarta-feira, 83 casos confirmados de leptospirose nas cidades da região serrana atingidas pelas chuvas de 12 de janeiro. Os casos foram registrados em cinco municípios.

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Segundo balanço semanal da subsecretaria de Vigilância em Saúde, há 69 casos em Nova Friburgo, oito em Teresópolis, quatro em Petrópolis, um em São José do Vale do Rio Preto e um em Bom Jardim.

De acordo com a secretaria, técnicos permanecem fazendo o serviço de busca ativa, para detecção precoce de pacientes com possíveis sintomas da doença.

Após mais de um mês da tragédia na região serrana, a Polícia Civil contabiliza 904 mortos: Nova Friburgo (426), Teresópolis (381), Petrópolis (71), Sumidouro (21), São José do Vale do Rio Preto (4) e Bom Jardim (1).

O número de mortos pode ser ainda maior --o Ministério Público divulga lista com 402 desaparecidos.

AVALANCHE

As avalanches que atingiram a região serrana do Rio na tragédia de um mês atrás, que matou ao menos 904 pessoas, atingiram 180 km/h. Cada massa de terra que se descolava do morro despencava 1 km em 20 segundos.

Os dados constam do relatório elaborado pelo Serviço Geológico do Estado do Rio sobre o que o órgão chama de "megadesastre da serra". O relatório aponta como causas a própria geologia da região, a ocupação irregular do solo (encostas e áreas de várzea) e as chuvas de grande intensidade concentradas em períodos de 15 minutos.

Mas poderia ter sido pior. De acordo com Cláudio Amaral, geólogo que coordenou o trabalho, os meses anteriores à tragédia não foram tão chuvosos na região serrana. "Se nós tivéssemos as chuvas antecedentes do ano passado, o desastre teria sido maior", diz Amaral.

Editoria de Arte/Folhapress