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03/03/2011 - 12h52

Universitário pede habeas corpus para atropelador de ciclistas

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LUIZA BANDEIRA
DE SÃO PAULO

Um estudante de direito entrou com um pedido de habeas corpus em favor do bancário Ricardo Neis, 47, que atropelou e feriu pelo menos 16 ciclistas em Porto Alegre na sexta-feira. A informação é da assessoria da Polícia Civil gaúcha.

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De acordo com o TJ-RS (Tribunal de Justiça), Antônio Goya Martins Costa entrou com o pedido na quarta-feira (2). O requerimento deve ser analisado ainda hoje pelo desembargador Odone Sanguiné, da 3º Câmara Criminal do Tribunal de Justiça.

Em sua página no Facebook, o estudante escreveu que estava "indignado com a decisão do juiz que deferiu a prisão cautelar do atropelador dos ciclistas." Ele afirmou que não há justificativa para que a prisão ocorra antes da sentença.

O advogado do bancário, Luís Fernando Albino, afirmou que não tem relação com o pedido. Segundo ele, a defesa deve ingressar com um pedido de habeas corpus na tarde de hoje.

Vídeo

ATROPELAMENTO

Vídeos que flagram o momento do atropelamento, que feriu pelo menos 16 pessoas na sexta-feira (25), são a principal evidência contra o motorista. "Pelas imagens, ele fez uso do automóvel como arma, foi isso o que nos levou a pedir a prisão preventiva", afirmou o delegado Gilberto Montenegro, que fez o pedido de prisão à Justiça.

Segundo ele, o número de vítimas pode chegar a 40 se forem contabilizadas, além dos atropelamentos pelo carro, as pessoas que se feriram com os choques entre as bicicletas.

O caso provocou comoção na cidade porque os ciclistas atropelados integram um grupo que defende o uso de bicicletas no trânsito. Na terça-feira uma multidão estimada entre 1.500 e 2.000 pessoas --segundo cálculos da Brigada Militar e da organização-- realizou um protesto pelas ruas do centro de Porto Alegre.

Na esquina das ruas José do Patrocínio e Luiz Afonso, onde os ciclistas foram feridos, os manifestantes se deitaram no chão e, aos gritos, chamaram Neis de assassino.

DEFESA

O bancário afirmou em depoimento à polícia que acelerou contra os ciclistas para evitar um suposto "linchamento". Neis afirmou que estava abalado e não conseguia dormir.

O advogado Jair Antônio Jonco, que representa Neis, alegou que, embora já fosse esperado pela defesa, o pedido de prisão é injusto porque o bancário tem residência e trabalhos fixos e se apresentou espontaneamente à polícia para prestar esclarecimentos.

 

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