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30/07/2011 - 09h21

Corpos de brasileiros mortos no Peru chegam ao país no domingo

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PAULO PEIXOTO
DE BELO HORIZONTE

A Leme Engenharia, empresa que empregava os dois brasileiros encontrados mortos no Peru, informou em nota na noite desta sexta-feira que os corpos do engenheiro Mário Bittencourt, 61, e do geólogo Mário Guedes, 57, deverão chegar ao Brasil na madrugada de domingo.

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Bittencourt será enterrado em Belo Horizonte. Guedes, em São Paulo. As datas ainda será definidas pelas famílias.

Os corpos dos brasileiros foram encontrados na última quarta feira em Jaén, a 800 km de Lima, onde faziam estudos em uma área onde se planeja a construção de uma usina hidrelétrica. Eles haviam desaparecido na segunda-feira, por volta das 12h.

As autoridades peruanas e brasileiras afirmaram que os corpos não apresentavam marcas de violência, chegando a cogitar que a causa das mortes possa ter sido hipotermia. As famílias das vítimas, porém, contestam as informações.

Os parentes levantaram a possibilidade de eles terem sido assassinados devido a reações no norte do Peru contra a construção da usina. Em 2009, ocorreram ao menos 32 mortes por causa de conflitos entre policiais e civis.

Bittencourt e Guedes caminhavam por uma trilha aberta com mais dois engenheiros e geólogos peruanos, para fazer medições no local, quando o engenheiro brasileiro teria ficado para trás para descansar.

O geólogo seguiu com os peruanos até que eles desceram para fotografar uma área. Guedes ficou na trilha esperando, mas sem perder Bittencourt de vista. Quando os peruanos voltaram, aproximadamente uma hora depois, não viram os brasileiros. Os corpos foram achados dois dias depois a 300 metros um do outro.

Os parentes e a Leme engenharia afirmam que os dois eram bastante experientes. Sobre a possibilidade de morte por hipotermia, os parentes dos mortos disseram que a Leme informou que a região montanhosa, com altitude variando entre 600 metros e 1.400 metros, tem clima ameno e seco nesta época do ano, com temperaturas entre 8ºC e 18ºC.

"A vegetação é de bosque seco, com espécies típicas de média altitude e densidade. A equipe utilizava estradas e trilhas preexistentes e profissionais condutores", disse a empresa, que voltou a afirmar nesta sexta que "aguarda mais informações das autoridades locais e do Ministério das Relações Exteriores brasileiro sobre as circunstâncias das mortes".

Os exames nos corpos realizados até agora não foram conclusivos e por isso mais exames serão feitos no material recolhido pelos peritos. Segundo o Itamaraty, em até um mês devem ser conhecidas as causas das mortes.

Sobre as suspeitas levantadas pelas famílias, o Itamaraty não comenta. Informa que "não é possível especular" e que só os exames poderão indicar o motivo das mortes. "Não vamos conversar sobre hipóteses. Não há nenhum indício que leve a isso [assassinato]."

 

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