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Exumação confirma que corpo é do menino Juan, diz Defensoria do RJ
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DIANA BRITO
DO RIO
A Defensoria Pública do Rio informou em nota na tarde desta quinta-feira que, após a conclusão de todos os exames complementares, foi confirmada a identificação do cadáver exumado no dia 17 de agosto, no Cemitério de Nova Iguaçu, como sendo do menino Juan Moraes Neves, 11. A criança foi assassinada em junho durante troca de tiros entre PMs e traficantes na Baixada Fluminense.
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A pedido do defensor público Antônio Carlos Oliveira, foram realizados novos exames de tipagem genética por DNA, cadavérico e antropológico. O advogado representa o PM Edilberto Barros do Nascimento, um dos quatro policiais militares presos sob suspeita de participar da morte do menino.
O órgão afirma ainda que novas perícias feitas foram fundamentais para o esclarecimento de outras questões técnicas sobre a identificação do corpo. "Os novos exames confirmaram graves contradições técnicas periciais e distorções ocorridas durante o inquérito policial, que serão questionadas judicialmente a partir da próxima semana."
As "graves contradições" ainda não foram detalhadas pela Defensoria. O órgão também destacou que não há mais necessidade de permanência do corpo da criança na sede do IML (Instituto Médico Legal) do Rio, podendo ser providenciado o novo sepultamento.
Reprodução |
Juan Moraes, 11, que desapareceu após suposta operação |
INVESTIGAÇÃO
Em depoimento à Corregedoria da Polícia Civil do Rio no dia 30 de julho, a perita Marilena Campos de Lima, voltou a afirmar que o corpo analisado por ela é de uma menina. Na ocasião, ela era diretora do posto regional do IML (Instituto Médico Legal) de Nova Iguaçu.
A perita relata ainda que bombeiros haviam comentado que uma sapatilha cor de rosa havia sido encontrada ao lado do corpo. Em depoimento ao qual a Folha teve acesso, Marilena observou que a mão direita da criança já estava 'bem deteriorada' considerando o estado da outra mão. A pele da criança também tinha 'tonalidade esbranquiçada". O menino Juan era negro.
"A declarante, diante de todos os indícios examinados, concluiu que se tratava de uma ossada do sexo feminino com altura em torno de 1,45 m, idade entre 12 e 14 anos, com data provável da morte de mais ou menos 40 dias", destacou a perita em depoimento.
Ela também afirmou que na ocasião recebeu uma ligação em caráter emergencial da servidora Márcia Pantoja do gabinete da sede do IML, no Rio, pedindo que o laudo cadavérico da criança não fosse liberado para a delegacia sem que antes fosse revisado por peritos da sede do instituto.
A Folha tentou contato com a perita nesta quinta-feira, mas ela não foi localizada.
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