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Ribeirão Preto
Muleta falsa estava no carro de advogado, afirma polícia
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JULIANA COISSI
DE RIBEIRÃO PRETO
O advogado Roberto José Fiore trouxe em seu próprio carro a muleta recheada com seis celulares que ele tentou passar a um preso em audiência no Fórum de Araraquara (273 km de São Paulo), na segunda-feira (27).
A afirmação é da Polícia Civil de Araraquara, com base, segundo a corporação, no depoimento de duas testemunhas ouvidas em sigilo.
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Preso em flagrante, o advogado nega que a muleta estivesse em seu carro.
Quando chegou ao Fórum para uma audiência, na segunda, com o pé enfaixado, o preso Newton Senaseschi comentou com policiais que sua muleta estava quebrada.
Segundo o delegado Fernando Teixeira Bravo, as testemunhas disseram ter visto Fiore chamando até seu carro a mãe de Senaseschi.
Moisés Schini - 28.ago.2012/"Tribuna Impressa" | ||
O suspeito Newton Senaseschi, que iria receber os celulares, na chegada ao Fórum de Araraquara |
Para Bravo, o plano inicial do advogado era que a mãe do preso entrasse com as muletas falsas no Fórum.
"Temos comprovação que ele chegou com a muleta. A mãe foi chamada por ele até o carro para ela entrar com as muletas. Mas, como foi impedida logo na entrada do Fórum, ele pegou as muletas e tentou entregar para o preso", disse Bravo.
Fiore já foi presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB local e, em 2006, denunciou maus-tratos após rebelião no presídio.
À Folha o advogado, que permanecia nesta quarta-feira (29) em prisão domiciliar, se disse inocente.
As duas testemunhas afirmaram também, segundo o delegado, que Fiore se envolveu no plano para o transporte de celular, durante uma visita dele à penitenciária na última sexta-feira.
"Ele arquitetou com outro preso, na penitenciária, para entrar esses celulares lá. O rapaz com a perna quebrada estaria ameaçado de morte [por colegas no presídio] para fazer entrar esses celulares", afirmou o delegado.
CRIME ORGANIZADO
A suspeita é que clientes de Fiore são ligados à facção criminosa PCC e que o advogado teria papel nas ações do grupo --o que Fiore nega.
No ano passado, a Polícia Civil abriu inquérito para investigar a abrangência do PCC na cidade. No fim do ano, prendeu em flagrante cerca de 20 pessoas.
Ao longo das investigações, enumerou 89 possíveis envolvidos com a facção --presos, em sua maioria.
A polícia não tinha provas da ligação de advogados com a facção até o mês passado, quando uma carta foi apreendida no presídio.
A carta citava a sintonia "dos gravatas", que seria uma referência a advogados participantes do esquema.
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