O 'traidor' Bilardo e o 'mentiroso' Grondona respondem a Maradona

O presidente da AFA (Associação Argentina de Futebol), Julio Grondona, e o diretor técnico da seleção, Carlos Bilardo, rejeitaram nesta quinta-feira as acusações de Diego Maradona, que na véspera os chamou respectivamente de "mentiroso" e "traidor" após sua saída do posto de treinador da equipe, durante entrevista coletiva.

"Estou certo de que ele não é o culpado, são as pessoas que sempre o cercam. Defendi e continuo a defender Maradona até a morte", declarou Bilardo à rádio "La Red".

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Apesar de ter jurado que deixaria a seleção junto com o ex-craque, com quem manteve relações conturbadas durante um ano e meio, Bilardo foi mantido até o próximo ano. "Quem pediu para Bilardo continuar fui eu", disse nesta quarta à noite Grondona. "Ele tem contrato até 2011 e, para mim, não houve traição alguma."

"Continuo a lamentar que ele tenha saído, porque é muito triste, mas não menti para Maradona. Disse a ele em Pretória que estava satisfeito e que devia continuar, mas que as condições não eram mais as mesmas, que era preciso fazer mudanças indispensáveis", acrescentou, sobre os auxiliares técnicos do antigo camisa 10.

"A AFA é coisa séria, não se pode levar seus amigos para o trabalho [...] Diego teve tudo o que queria, ele pode vir com tudo o que queria, até o treinador de goleiros", afirmou.

O comandante do Estudiantes, Alejandro Sabella, é o favorito à sucessão de Maradona, mas até o momento o interino é o técnico das seleção sub-20, Sergio Batista, que comandará a equipe no amistoso contra a Irlanda, dia 11 de agosto, em Dublin.