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05/08/2010 - 07h42

Maior pós-era Pelé, Robinho deixa o Santos com meta cumprida

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LUCAS REIS
ENVIADO ESPECIAL A SALVADOR

Robinho, 26, deixa o Santos mais uma vez. Mas, agora, pode-se dizer que, definitivamente, ele já é o principal jogador do clube desde o fim da era Pelé, nos anos 70. Pelo menos quando as glórias são levadas em conta.

O atacante tem agora três títulos nacionais e um Estadual pelo Santos. Em 2002 e 2004, conquistou o Campeonato Brasileiro, na segunda geração dos meninos da Vila.

Currículo como o de Robinho, poucos têm. Desde a era Pelé, apenas o lateral esquerdo Léo faz frente a ele.

O camisa 3 também entrou nesse "hall da fama". Conquistou o mesmo bicampeonato brasileiro que o colega e participou das campanhas vitoriosas desta temporada de 2010.

Mas conviveu com várias contusões, foi desfalque em vários jogos --nas finais da Copa do Brasil, inclusive-- e ficou muito abaixo do que rendeu em sua primeira passagem pelo Santos.

Robinho, não. Foi fundamental em algumas vitórias e ajudou a compor o ataque mais frutífero do país. Marcou 11 gols em 23 jogos disputados e renasceu no futebol.

Ontem, na derrota por 2 a 1 para o Vitória, não fez gol, mas, até ser substituído, aos 43min do segundo tempo, mostrou grande disposição.

Robinho também tornou-se um dos grandes artilheiros da história do clube, com 94 gols, mesmo sem ter a característica de um centroavante mais agudo. Desde a era Pelé, fica atrás só de Serginho Chulapa e João Paulo (104 gols cada) e Juary (101).

Dizia que estava triste na Europa. Tinha motivos: no inglês Manchester City, às vezes nem sequer no banco de reservas ele figurava.

O contrato de empréstimo de Robinho acabou ontem, e ele se reapresentará ao City.

Robinho voltou ao Brasil em janeiro para ir a campo com mais frequência e garantir sua vaga na seleção brasileira de Dunga. Não brilhou na Copa do Mundo, porém.

Ele diz que, se pudesse, nem voltaria à Europa. Desde o regresso ao Brasil, repetiu o discurso de que quer encerrar a carreira no clube que o projetou ao futebol mundial.

A torcida o reconhece como um ídolo. Lançou a campanha "Fica, Robinho" em 2005, quando se transferiu ao Real Madrid, e agora.

"Meu coração está aqui [com o Santos], quero ficar, mas contratos são para ser cumpridos", disse ele ontem.

Com duas Copas do Mundo nas costas (2006 e 2010), Robinho ainda sonha com essa conquista. Em 2014, estará com 30 anos. "Quero vencer a Copa no Brasil", afirmou, na volta da África.

Mano Menezes parece ter sentido o apetite de Robinho. Ele está na primeira lista de convocados e foi elogiado pelo novo técnico da seleção brasileira.

 

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