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10/08/2010 - 10h01

CBF adota populismo e exige seleção mais próxima do público

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PAULO COBOS
DO ENVIADO ESPECIAL A NOVA JERSEY

A torcida quer ficar perto dos atletas. A CBF a atende. Fãs e parte dos críticos querem o time no ataque. O técnico Mano Menezes monta uma das mais ofensivas seleções dos últimos tempos.

Para apagar a era Dunga, a seleção, que estreia hoje seu novo técnico, faz tudo ao contrário da época em que era dirigida pelo antecessor de Mano, que até cair na Copa da África tinha índices de popularidade recorde e era sinônimo de time vitorioso.

A rota dessa missão passa por doses enormes de populismo. Em reunião de cerca de 40 minutos, Ricardo Teixeira, o presidente da CBF, passou ontem ordens expressas para o time de Mano.

Segundo o cartola, é obrigatório agora os atletas atenderem aos fãs, darem autógrafos e posarem para fotos. Isso nos hotéis e na entrada e saída de treinos e jogos. Também se foi o tempo de embarcar no ônibus ainda na pista dos aeroportos para evitar o tumulto no desembarque.

Segundo a assessoria da CBF, não vão valer mais como desculpas ordens dos órgãos aeroportuários e recomendações da polícia para evitar o contato com os fãs.

"A seleção viverá momento único. Desde 1950 não disputamos uma Copa no Brasil. E isso cria a necessidade de uma convivência mais próxima. Precisamos ter os torcedores ao nosso lado. E cabe a nós conquistarmos essa simpatia", disse Mano Menezes.

No campo, o técnico escalou um time superofensivo para pegar os EUA. O trio Ganso, Robinho e Neymar, que brilhou no Santos, vai jogar. Com eles, Alexandre Pato, centroavante puro. Um dos volantes será Ramires, que com Dunga era meia. Os laterais serão os ofensivos Daniel Alves e André Santos.

Mano nega que vá ao ataque para agradar ao torcedor. "Não estou escolhendo essa formação para ser simpático. Faço isso porque nos vai deixar mais perto da vitória do que da derrota."

E Mano não se gaba por optar pela formação ofensiva. "Não estamos propondo nada novo. Só aproveitamos o fato de termos atletas com essas característica do meio para a frente", disse o técnico, que foi questionado por um repórter dos EUA se Dunga deixara algo de bom.

"Dunga conseguiu resgatar a consideração que os atletas tinham pela seleção", falou o novo técnico, que, sem muito entusiasmo, elogiou a organização tática e as jogadas de bola parada de seu antecessor.

 

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