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24/08/2010 - 08h25

Fluminense joga por 12 anos de gastança

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SÉRGIO RANGEL
DO RIO

Rendas penhoradas desde o início do campeonato, jogadores sem privacidade treinando num sofrível gramado e uma dívida que ultrapassa os R$ 200 milhões. Esse poderia ser o roteiro de um time que luta para fugir do rebaixamento. Mas não é.

Com 33 pontos no Brasileiro, o Fluminense lidera o campeonato com dois de vantagem sobre o Corinthians. O clube não para de gastar dinheiro na tentativa de quebrar o tabu de 26 anos sem ganhar o título nacional.

Longe de ter uma estrutura de fazer inveja, o tricolor carioca se destaca na competição pela ajuda financeira da mais longa parceira do futebol nacional, a Unimed-RJ. Só neste ano, a empresa, que é presidida pelo tricolor Celso Barros, vai passar mais de R$ 20 milhões para o bolso dos principais jogadores.

Desde 1998 estampando sua marca no uniforme do time, a empresa abriu ainda mais os cofres nos últimos dias. Na semana passada, o atacante Fred renovou até 2015. Pelo acordo, recebeu um aumento de R$ 100 mil. Pulou para R$ 460 mil.

O clube ainda repatriou o meia Deco, que ganhará o mesmo que Fred.

''Está valendo a pena essa parceria. Temos uma verba de marketing e usamos parte no clube. O resultado está sendo bom para o Fluminense e para a Unimed'', declarou Barros, que ainda gasta muito com seu treinador.

Muricy Ramalho foi contratado em abril e renovou com o Fluminense por mais dois anos depois de recusar o convite da CBF para comandar a seleção na caminhada para a Copa do Mundo-2014.

O repasse direto do dinheiro da Unimed para os jogadores foi a fórmula encontrada pelos dirigentes para fugir das penhoras. Neste campeonato, o clube tricolor ficou com apenas R$ 37 mil do arrecadado nas bilheterias.

Recordista de público no Brasileiro, o Fluminense tem a maior parte da sua renda retida pela Justiça para o pagamento de dívidas.

Nos 12 anos de parceria, a Unimed declara oficialmente que investiu aproximadamente R$ 120 milhões no clube. O valor é contestado pela oposição, que diz acreditar que o Fluminense já ganhou mais de R$ 200 milhões.

Mesmo assim, o resultado esportivo não foi dos melhores. Nesse período, o time conquistou apenas a Copa do Brasil de 2007 e os Estaduais de 2002 e 2005. Além disso, chegou à finais da Taça Libertadores de 2008 e da Copa Sul-Americana de 2009.

Apesar do sucesso dentro de campo, o Fluminense não tem um centro de treinamento. Os jogadores não têm privacidade nos treinos.

''Estamos muito atrás dos melhores times do Brasil. A diretoria me prometeu um CT e vou trabalhar para isso. O Fluminense também tem que crescer fora do campo'', disse o treinador Muricy Ramalho.

 

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