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Presidente da agência mundial de doping diz não entender atrasos do Brasil

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Presidente da Wada (Agência Mundial Antidoping), o australiano John Fahey diz que é "difícil entender" o atraso do Brasil na preparação da estrutura para realização de testes nos grandes eventos que vêm pela frente.

Em entrevista à Folha, por e-mail, Fahey deixa clara sua insatisfação e revela que a agência estabeleceu uma força-tarefa para tentar ajudar a ABCD (Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem).

As obras do novo Ladetec, no campus da Universidade Federal do Rio de Janeiro, na zona norte, começaram em fevereiro. Mas a previsão de entrega do laboratório é abril de 2014, dois meses antes do início da Copa do Mundo.

Para a Copa das Confederações, que começa no dia 15, o treinamento dos técnicos para realizar testes de sangue foi feito a toque de caixa.

O Sysmex, equipamento para os exames, ainda não foi entregue ao laboratório, e uma operação de emergência teve que ser montada.

Fábio Seixas/Folhapress
Canteiro de obras na Ilha do Fundão, no Rio, para construção do novo Ladetec, laboratório que fará testes antidoping da Copa-14 e da Olimpíada-16
Canteiro de obras na Ilha do Fundão, no Rio, para construção do novo Ladetec, laboratório que fará testes antidoping da Copa-14 e da Olimpíada-16

Nos próximos dias, dois técnicos brasileiros viajarão à Suíça para aprender a operação num equipamento similar. Durante o torneio, dois técnicos suíços estarão no Brasil ajudando-os a operar o aparelho recém-entregue.

"Nos últimos dois anos, a Wada participou de reuniões e trocou correspondências com o governo federal e o COB [Comitê Olímpico Brasileiro] com o objetivo de ajudar o país a melhorar seu programa antidoping, seus procedimentos e a instalar seu novo laboratório", diz Fahey.

"Uma força-tarefa foi montada para acompanhar esse progresso. A equipe visitou o Brasil duas vezes em 2012. Há avanços, mas a ABCD ainda não tem todo o pessoal de que precisa e ainda não está totalmente operacional."

Fahey, então, dá o puxão de orelha: "Nos próximos anos, o Brasil vai receber os maiores eventos do planeta. É difícil entender por que não houve mais avanços no sentido de estabelecer os recursos e desenvolver o treinamento do pessoal com antecedência. São pontos essenciais em eventos deste porte."

O Ladetec é o único laboratório autorizado pela Wada a fazer exames antidoping no Brasil. Sua estrutura, porém, é muito aquém da que será exigida na Copa de 2014 ou nos Jogos de 2016: está instalado em duas salas do Instituto de Química da UFRJ.

Por isso, em junho de 2011, o Ministério do Esporte anunciou a construção de um novo prédio. Hoje, o que existe é um canteiro incipiente, ainda em obras de fundação.

Procurada pela Folha, a ABCD informou que mantém "interlocução constante" com a Wada e que o presidente da agência "nunca fez, ao governo brasileiro, qualquer comentário semelhante ao que teria feito à reportagem".

Afirmou que "entende e respeita a preocupação da Wada e trabalha para garantir o cumprimento de todos os compromissos assumidos, nos prazos combinados".

Segundo a agência brasileira, o cronograma da obras do laboratório está adiantado. "A medição de abril identificou execução de 9,5% dos trabalhos, ao passo que o cronograma previa 5% até o final daquele mês."

Colaborou SÉRGIO RANGEL, do Rio

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