Cesare Prandelli, 55, assumiu a seleção da Itália logo após o fiasco na Copa do Mundo de 2010, na qual a Azzurra foi eliminada precocemente na fase de grupos sem vencer um jogo sequer na África do Sul.

Enquete: Você acha que o Brasil entra como favorito na Copa das Confederações

A partir daquele período, o treinador iniciou uma reformulação da equipe italiana mesclando jogadores experientes, como o goleiro Buffon e o volante Pirlo, e jovens promessas, como os atacantes Balotelli e El-Shaarawy.

Para Prandelli, que chegou hoje ao Brasil para disputar a Copa das Confederações, foi uma transição obrigatória no time italiano semelhante ao atual momento da seleção comandada por Luiz Felipe Scolari.

"Penso que há uma certa semelhança entre a Itália de 2010 e o Brasil de agora. Há evidências claras de que a seleção brasileira tem um grande talento à disposição. Mas é preciso treinar e jogar junto o máximo possível para se preparar para receber em casa uma Copa do Mundo", disse Prandelli à Folha.

Itália

"Jogadores mais rodados, como Júlio César, fazem parte da estratégia de Luiz Felipe Scolari e Carlos Alberto Parreira. A experiência deles será fundamental no desenvolvimento desses extraordinários jogadores: Neymar, Lucas, Oscar e muitos outros", completou.

Mesmo tendo iniciado a reformulação há três anos, Prandelli diz que o trabalho ainda está em curso e que novos jogadores que se destacaram nas seleções de base ainda podem ser convocados para defender as cores da Itália no time principal.

"Nosso trabalho começou três anos atrás e, apesar dos bons resultados, ainda está longe de estar completo. Vamos introduzir novos jogadores na seleção graças ao excelente trabalho que [diretor técnico] Arrigo Sacchi está fazendo com nossas seleções de base", afirmou o treinador.

"Durante o último ano, tivemos a oportunidade de testar vários jovens, como o Lorenzo Insigne [atacante do Napoli]. Então, estou bem confiante em um sucesso futuro com a implantação de um sistema baseado nas características específicas de cada jogador", completou Prandelli.