Preocupado com a possibilidade de haver apagões nas cidades-sedes dos jogos da Copa das Confederações, o governo realizou 'testes de estresse' no sistema elétrico ao longo dos últimos dois meses e estabeleceu algumas medidas para tentar evitar problemas durante a competição.

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"Não só nos estádios, mas no sistema como um todo. Da geração e transmissão até a distribuição da carga nas arenas. Queríamos ter certeza de que não haverá contingência e que se houver alguma falha, vamos reestabelecer o sistema rapidamente", disse em entrevista exclusiva à Folha o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp.

Nesta quarta-feira (12) o ministro Edson Lobão convocou uma reunião com representantes das transmissoras e distribuidoras de energia das cidades que receberão os jogos.

O encontro durou grande parte da manhã e tratou exclusivamente sobre o resultado desses testes.

"A reunião foi tranquila. Fizemos uma varredura completa no sistema e definimos medidas que serão adotadas adicionalmente para manter a segurança do abastecimento", completou.

Apesar de a Copa do Mundo demandar uma série de obras especificas para reforço da capacidade elétrica das cidades-sedes, essas medidas não são obrigatórias para a Copa das Confederações. Não há um cronograma elétrico específico para preparar os estádios para os jogos deste ano.

"Montamos medidas operativas, Teremos equipes de plantão adicionais e reforço da geração térmica nas cidades-sedes, com exceção de Brasília que não possui esse tipo de geração", completou.

"Não foram feitas obras adicionais para Copa das Confederações, nós antecipamos alguma coisa do calendário de distribuição e promovemos melhorias do sistema. Medidas operativas, como sistema alivio de carga e recomposição no sistema que já existia. Não há obras especiais voltadas para esses jogos", disse Chipp. "Mesmo assim, o que constatamos é que o sistema opera em pleno sucesso e que estamos preparados."

De acordo com Chipp, todos os estádios estão sendo supridos por duas fontes distintas de energia, justamente para reforçar o sistema e permitir que haja uma carga reserva em caso de falhas.

O governo também determinou que não sejam feitas obras de reparo no serviço elétrico 48 horas antes dos jogos, nem 24 horas depois, como forma de assegurar que não ocorram falhas devido a um eventual reparo feito de última hora.

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