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Fila e revolta na retirada de ingresso para jogo do Brasil em Brasília

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Pelo menos 300 pessoas estão demorando até duas horas e meia para retirar os ingressos neste sábado no centro de distribuição da Fifa, em um centro de convenções próximo ao estádio Mané Garrincha. O jogo Brasil x Japão, pela Copa das Confederações, começa às 16h.

"Vim hoje de São Paulo. Eu vi na TV a Fifa pedindo para tirar antes os ingressos, mas como eu ia fazer de São Paulo?", disse Carlos Diógenes Pereira, 27 anos, consultor imobiliário.

Muitos torcedores na fila eram de fora de Brasília e não tiveram alternativa para pegar o ingresso que não fosse em cima da hora. O empresário de Vitória Marleo Munhão chegou na capital federal na manhã deste sábado e ficou 2h30 na fila até pegar o ingresso. O professor Cezar Cruz, 42, veio de São Paulo e reclamou da demora. "Está desorganizado. Não fez diferença ter feito o agendamento", disse.

Marcel Rizzo/Folhapress
Torcedores na fila para a retirada de ingressos
Torcedores na fila para a retirada de ingressos

Há duas filas, uma para quem agendou a troca pelo site da Fifa e outra para os que não agendaram. A primeira é mais rápida, já que os ingressos já estão impressos --o primeiro da fila dos agendados por volta das 11h30 estava no centro de convenções desde às 10h.

Dentro do centro, três guichês atendiam aos torcedores, o que também gerou revolta. "Primeiro que deveria ter troca no aeroporto. Depois, três guichês é piada", disse Tânia Sales, 40, que estava acompanhada dos filhos de 10 e 8 anos.

A Fifa fez vários pedidos nos últimos dias pedindo aos torcedores para antecipar a retirada. O diretor de marketing, Thierry Weil, chegou a dizer que dependendo do número de torcedores que fossem retirar os bilhetes nos dias dos jogos, a Fifa talvez não tivesse estrutura para imprimir todas as entradas.

"Já houve confusão, pessoal revoltado. Estou com medo de apanhar", disse uma voluntária que pediu para não ter o nome publicado --a Fifa proíbe seus voluntários de darem entrevista.

Filipe Coutinho/Folhapress
Fila de torcedores para retirar os ingressos para o jogo de abertura da Copa das Confederações
Fila de torcedores para retirar os ingressos para o jogo de abertura da Copa das Confederações

Os estudante Matheus Cavalcanti, Caio Felipe e Amandas Santos, por exemplo, estava há 30 minutos e ainda na parte final da fila. Eles já lamentavam perder o a cerimônia de abertura, marcada para as 14h30. Os três são de Brasília e conseguiram comprar o ingresso na véspera da partida pelo sistema de revenda da Fifa. "É claro que tem que se lamentar essa fila. Por esse preço deveriam entregar em casa".

Um grupo de dez japoneses, vindo de São Paulo e Tóquio, reclamaram da falta de estrutura, que não protegia do intenso calor no local e não tinha como comprar água _ não havia vendedores ambulantes nem ponto de venda. Uma criança de 12 anos passou mal.

O empresário Nobuyoshi Akaza, 34, chegou na sexta-feira de Tóquio e disse que a Copa das Confederações está sendo sua pior experiência em evento internacional. Ele já havia ido à Copa na África do Sul, em 2010, e na Alemanha em 2006. "Deveria ser mais simples retirar. Poderia ter máquinas para o torcedor recolher o ingresso", disse.

A Folha foi impedida de entrar no local de retirada de ingresso. Os responsáveis pelo local não informaram quantos ingressos faltavam.

A Fifa informou que não costuma criar postos de troca em cidades que não têm jogos de seus eventos porque a maioria dos ingressos é comprado por pessoas que moram nas cidades onde as partidas acontecem. Na sexta-feira, segundo a entidade, faltavam cinco mil ingressos para serem retirados para Brasil x Japão.

MANIFESTAÇÃO

Cerca de 700 pessoas realizam manifestação próximo ao estádio Mané Garrincha. Eles conseguiram furar o bloqueio da Polícia Militar e ultrapassaram a barreira de dois quilômetros que a Fifa faz ao redor do estádio. A entidade e o governo federal e do Distrito Federal são os alvos.

A reclamação é com os gastos para a Copa das Confederações e também para a Copa do Mundo --só o estádio em Brasília custou R$ 1,2 bilhão.

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