Oscar diz que se sacrificou pela seleção e evita atrito com São Paulo
O meia Oscar foi titular da seleção brasileira em toda a Copa das Confederações. O atleta terminou o torneio sem nenhum gol marcado e com duas assistências. Inclusive, uma para Neymar na final contra a Espanha.
Apesar do fraco rendimento ofensivo, o jogador foi o atleta do sistema ofensivo que mais recuperou bolas para o Brasil.
Em entrevista coletiva na sede da ESPN Brasil, ele disse que cumpriu ordens táticas.
"Estou jogando em várias funções. A nossa primeira preocupação era não tomar gol porque sabíamos que uma hora iríamos fazer. Dei o meu máximo e me sacrifiquei pela equipe", afirmou.
Durante a competição, Felipão chegou a defender o meia. "Ele pode não fazer o que vocês [jornalistas] querem, mas desempenha a função que eu passo", disse o técnico.
Brasil campeão da Copa das Confederações
Questionado sobre a declaração do treinador, Oscar respondeu em tom de brincadeira nesta segunda. "As pessoas acham que futebol é mágica, né? [risos] Às vezes, as coisas não dão certo. Contra o México [segundo jogo da primeira fase], por exemplo, o meio de campo estava congestionado".
Elogiado por ter ajudado a seleção na contenção dos espanhóis Xavi e Iniesta, o atleta disse que a ida para o Chelsea o ajudou taticamente.
"Não esperava ter destaque logo na minha primeira temporada no futebol inglês. Todos falavam para mim que lá o futebol é muito competitivo".
Com o clube londrino, Oscar conquistou a Liga Europa e ficou na terceira colocação do Campeonato Inglês, além do vice no Mundial de 2012 após perder para o Corinthians. Ele marcou 12 gols em 62 partidas desde que chegou ao time.
O jogador declarou que só quer descansar agora e esfriar a cabeça. "Quero me apresentar bem ao Mourinho [novo técnico do Chelsea]. Tenho certeza que vai dar tudo certo".
SÃO PAULO
Revelado nas categorias de base do São Paulo, Oscar foi promovido à equipe principal em 2008. À época, o jogador tinha contrato com o clube até 2012, mas em 2009 foi para o Internacional e virou alvo de uma batalha judicial entre os dois times.
Em abril de 2012, por causa do imbróglio, o atleta ficou impedido de atuar pela equipe gaúcha. Só teve a sua situação regularizada em maio do mesmo ano, quando o São Paulo aceitou vendê-lo por R$ 15 milhões (até então, a maior negociação interna do futebol brasileiro). Dois meses depois, durante a disputa dos Jogos Olímpicos de Londres, o Inter negociou Oscar por R$ 61 milhões ao Chelsea.
No último 9 de junho, o São Paulo voltou a citar o atleta em seu site oficial. Autor de um dos gols da vitória da seleção brasileira sobre a França, Oscar recebeu uma menção honrosa do clube na web.
Na ocasião, o time do Morumbi exaltou que Oscar, Hernanes e Lucas (autores dos tentos brasileiros sobre os franceses) passaram pela base são-paulina.
Perguntado pela Folha sobre a manifestação do São Paulo, o meia evitou polemizar. "Eles têm o direito de falar isso. Passei por lá mesmo. Fico feliz em saber que torcem por mim agora", limitou-se a responder.
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