Procuradoria quer que Fifa pague R$ 130 mi para exibir Copa e livre governo da despesa
O Ministério Público Federal entrou com ação na Justiça para que a Fifa pague os custos para transmitir os jogos da Copa e livre o governo destas despesas, estimadas em R$ 130 milhões.
A ação pede também que a Fifa devolva R$ 34 milhões que foram pagos pelo governo na Copa das Confederações, realizada em junho.
Como a Folha revelou no início do mês, a Fifa já é alvo de uma ação de R$ 1 bilhão para que a entidade --e não as sedes-- banque as estruturas temporárias.
Nos dois casos, a justificativa dos procuradores é a mesma: ausência de finalidade pública, já que o serviço atende a interesse exclusivamente privado da Federação Internacional de Futebol.
Arnd Wiegmann-17.jul.2012/Reuters | ||
Jornalistas reunidos em frente à sede da Fifa, em Zurique, na Suíça |
Nesta segunda ação sobre os custos das transmissões, a procuradoria afirma que o próprio governo defendia, em 2011, o entendimento de que não seria responsabilidade do governo federal arcar com os custos dos serviços de telecomunicações para a Copa. Mas, segundo os procuradores, o governo "acabou cedendo às pressões e imposições da Federação".
OUTRO LADO
A Fifa ainda não se pronunciou sobre essa ação. No caso do processo de R$ 1 bilhão, a entidade defende a necessidade das estruturas.
"Nenhum estádio pode receber um evento de porte mundial sem adaptações. O grande número de jornalistas, voluntários e espectadores demanda a implantação de uma estrutura especial, que dê segurança e conforto", diz o COL (Comitê Organizador Local).
O COL afirma que as estruturas temporárias são mais baratas do que adaptações definitivas. Diz, ainda, que discutirá com as sedes para reduzir valores divulgados. E citou o acordo que fez com as sedes.
"Estamos certos de que as sedes o fizeram pensando não apenas no legado material que ficará, mas também e especialmente no legado de imagem".
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