Pelé já fez marketing de emboscada durante jogo; veja mais casos
A restrição da Fifa quanto a gestos ou roupas que lembrem patrocinadores vai na direção contrária ao que a seleção brasileira já fez em outras Copas.
Em 1970, antes do início de Brasil x Peru, pelas quartas de final, Pelé pediu uma pausa e se abaixou para amarrar a chuteira. Por quase 30 segundos, as câmeras de TV focalizaram a marca Puma.
Uma das grandes polêmicas após o Mundial de 1982 foi um acordo da Coca-Cola com vários integrantes da seleção. Eles deveriam comemorar os gols em frente à placa de publicidade da marca.
Em 1994, ao levantar a taça de campeão, Dunga fez com o dedo o sinal do número 1, o slogan da Brahma, cervejaria que patrocinava a CBF na época.
O chamado marketing de emboscada acontece também nas Olimpíadas.
Desde Sydney-2000, o COI coíbe empresas que não patrocinam os Jogos mas tentam pegar carona no evento.
Na China, o desafio foi gigantesco. Apesar das campanhas e de um canal na internet para denúncias, só US$ 144 mil em multas foram expedidos. Na Olimpíada, torcedores não puderam entrar nas arenas com camisetas ou bonés que levem marcas suspeitas.
Em Londres, as regras foram rígidas e específicas. Os marqueteiros, por exemplo, não puderam usar duas das quatro palavras seguintes: "jogos", "dois mil e doze", "2012" e "20-12". E foi proibido ainda usar qualquer uma dessas palavras ligada a "Londres", "medalhas", "patrocinadores", "verão", "ouro", "prata" e "bronze".
A Nike acabou sendo uma das mais agressivas, por exemplo, em 2012 (veja vídeo abaixo).
A regra olímpica foi tão forte que um açougueiro em Weymouth, por exemplo, teve de retirar o logotipo olímpico de cinco anéis que havia feito com imagens de salsichas (leia mais sobre marketing de emboscada aqui ).
Livraria da Folha
- "Faço uma Copa do Mundo a cada duas semanas", diz chefão da F-1
- 'Futebol-Arte' reúne imagens de 'peladas' nos 27 Estados do Brasil
- Jules Rimet sumiu três vezes, mas só brasileiros deram fim à taça
- Teixeira e Havelange enriqueceram saqueando o futebol, escreve Romário
- 'Zico não ganhou a Copa? Azar da Copa'