Laudo encomendado diz que acidente fatal no Itaquerão não foi culpa do solo
A empresa Geocompany, contratada pela construtora Odebrecht para fazer um laudo técnico sobre o acidente que matou dois operários nas obras do Itaquerão em 27 de novembro do ano passado, concluiu que a razão da queda do guindaste não foi o deslizamento do solo.
Porém, o laudo encomendado pela construtura responsável pela obra do estádio do Corinthians não diz qual foi a causa do acidente fatal.
De acordo com Roberto Kochen, diretor da empresa e responsável pelo laudo, uma série de estudos do solo foi feita na região e conclui que o solo não cedeu e não foi o causador do acidente. O estudo diz que o solo cedeu de 4 a 5 vezes menos do que o aceitável.
Kochen disse que vai entregar o laudo para polícia técnica e para o IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), que está fazendo um laudo para o Ministério do Trabalho.
Segundo laudo da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), o afundamento do solo que sustentava o guindaste foi a causa do acidente. O estudo foi encomendado pela empresa Liebherr, construtora do guindaste. A peça, orçada em R$ 40 milhões, teve perda total e virou sucata.
A Odebrecht disse que não teve acesso a este laudo da UFRJ e não sabe como chegaram a tal conclusão.
Técnicos da Liebherr recolheram a caixa preta do guindaste e levaram para a Alemanha, mas, depois de dois meses, disseram que os dados do dia do acidente não foram gravados.
O Itaquerão receberá a partida de abertura da Copa do Mundo, Brasil x Croácia, em 12 de junho, e mais cinco partidas -Uruguai x Inglaterra, Holanda x Chile, Coreia do Sul x Bélgica e mais um confronto das oitavas e outro da semifinal.
O Corinthians vai fazer o primeiro jogo no estádio que fica no bairro de Itaquera, Zola Leste paulistana, em 17 de maio, sábado, às 21h, contra o Figueirense.
A partida é válida pela quinta rodada do Campeonato Brasileiro. O jogo em questão está fora do período de cessão do estádio corintiano à Fifa por conta da realização da Copa do Mundo.
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