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Sul-coreanos relembram vítimas de naufrágio e cobram autoridades

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Embora estivessem fantasiados, um grupo de sete sul-coreanos e descendentes não veio ao Itaquerão nesta quinta (26) para fazer festa antes de Coreia do Sul x Bélgica, pela primeira fase da Copa do Mundo.

O objetivo do grupo liderado pelo designer Kuk Jae Shin, 40 –o único que quis se identificar– era angariar a simpatia de seus conterrâneos para sua causa: esclarecer a verdade sobre o naufrágio do navio Sewol, em 15 de abril.

Segundo Shin e seu grupo, as autoridades sul-coreanas não estão falando a verdade sobre o acidente que vitimou mais de 290 pessoas, em sua maior parte, crianças e adolescentes, em excursão à ilha de Jeju.

"Os jornalistas da Coreia do Sul estão com medo de falar a verdade, mas esse assunto está mal explicado. Teve gente que fala que ouviu uma explosão, o que poderia indicar de que se trata de um atentado, outros falam em conspiração", afirma Shin.

O receio em falar do assunto é tanto que algumas pessoas do grupo só aceitaram ser fotografados mascarados e não quiserem dizer os seus nomes.

"A repressão na Coreia está grande. É como aqui, no Brasil. A polícia é despreparada, autoritária e violenta. É melhor não arriscar", diz. "Algumas redes de TV, em sinal de luto nem queriam passar a Copa, mas foram forçadas", diz Shin.

O Itaquerão não foi a primeira parada do grupo, que já esteve em Porto Alegre no domingo (22) –antes de Argélia 4 x 2 Coreia do Sul–, com suas faixas, cobrando uma explicação para o acidente.

No mesmo dia, um encontro com membros da comunidade sul-coreana, no bairro do Bom Retiro, região central da cidade, também relembrou a tragédia.

"Nem precisa ser especialista para saber que algo está sendo escondido", afirma Shin.

Embora a causa fosse séria, a maior parte das pessoas que abordou o grupo queria mesmo era tirar fotos com os mascarados. Havia até um rapaz vestido com um quimono.

"Tudo bem que nos abordem por esse lado mais engraçado. Mas, para todos, vamos explicar o que estamos fazendo aqui", diz Shin.

Ninguém no grupo de Shin tinha ingresso para o jogo.

"A gente até lamenta ter de falar de um assunto tão triste em um dia festivo, mas é necessário. Espero, ao menos, que a Coreia vença e se classifique", disse.

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