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Diretor da Match se entrega à polícia e é levado para presídio em Bangu

Tasso Marcelo - 7.jul.2014/AFP
Raymond Whelan no dia em que foi detido pela primeira vez, dia 7 de julho
Raymond Whelan no dia em que foi detido pela primeira vez, dia 7 de julho
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O diretor-executivo da Match Services, Raymond Whelan, deixou a Cidade da Polícia, na zona norte do Rio, às 17h50 desta segunda-feira (14), e foi transferido de camburão para o complexo penitenciário de Bangu, na zona oeste, onde cumprirá prisão preventiva.

Ele havia se apresentado no início da tarde à desembargadora Rosita Maria de Oliveira Neto, da 6ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

Desde o dia 10, o inglês estava foragido da polícia por suposto envolvimento com a máfia dos ingressos da Copa do Mundo.

A Match, que tem sede na Suíça, é a única empresa autorizada pela Fifa a vender ingressos para as áreas VIP dos estádios da Copa.

Segundo a Polícia Civil, Whelan foi levado para a Polinter, na Cidade da Polícia, no Jacaré, zona norte, para, em seguida, cumprir os trâmites necessários e fazer exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML).

O advogado Nilson Paiva, que atua no escritório de Fernando Fernandes, responsável pela defesa do britânico no Brasil, informou que Whelan não depôs ainda.

Acrescentou que a defesa deverá tentar um novo habeas corpus junto ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) ainda nesta segunda-feira (14).

De manhã, o porteiro do hotel Copacabana Palace foi ouvido na 18ª DP (Praça da Bandeira) para esclarecer dúvidas sobre a suposta fuga de Whelan na última semana, depois que a Justiça expediu mandado de prisão contra ele.

Veja abaixo o vídeo de Whelan deixando, pela saída dos fundos, o Copacabana Palace, às 15h42 desta quinta (10)

Veja vídeo

O funcionário confirmou que Fernando Fernandes, advogado de Whelan na época, solicitou a saída dele com o inglês pela passagem dos funcionários, na lateral do hotel.

A polícia deve ouvir o gerente do Copacabana Palace nesta terça. Fernando Fernandes foi chamado para depor na tarde desta segunda, às 14h, mas não apareceu. Ele é investigado sob suspeita de facilitação de fuga do seu cliente.

Sexta-feira, a Match negou que seu diretor-executivo tenha saído correndo do hotel para evitar a prisão e defendeu o direito do empresário de resistir a uma ação policial que ele considera ilegal.

Nesta segunda-feira, em outra nota, Match afirmou que o britânico não fez nada de errado. "Podemos assegurar que o sr. Raymond Whelan não cometeu nenhum ato ilegal ou irregular e temos certeza de que isso será comprovado em breve pelas autoridades brasileiras", diz trecho do comunicado.

Sábado (12) a Fifa fez sua maior defesa da Match desde a eclosão do escândalo de desvio de ingressos da competição para cambistas, há uma semana e meia.

Em nota oficial, a entidade relembrou a parceira comercial de 30 anos com os irmãos mexicanos Jaime e Enrique Byrom, principais acionistas da empresa, afirmou confiar na organização e declarou estar confiante que as investigações irão apontar a inocência de "funcionários e diretores" do grupo.

INVESTIGAÇÃO

Membros da suposta quadrilha de bilhetes foram presos em 1º de julho, após três meses de investigação da Polícia Civil e do Ministério Público do Rio.

De acordo com policiais, o grupo pretendia arrecadar até R$ 200 milhões até o fim da Copa e atuava ao menos desde o Mundial de 1998.

Para a final, um ingresso estava sendo oferecido R$ 35 mil. De acordo com as investigações, o grupo faturava até R$ 1 milhão por jogo.

Mais de cem bilhetes foram apreendidos com os presos na semana passada. As entradas eram de cotas cedidas pela Fifa a patrocinadores e delegações de seleções.

Veja íntegra da nota da Match

Em relação aos acontecimentos de hoje, que envolveram a apresentação do sr. Raymond Whelan às autoridades brasileiras, a MATCH vem a público reiterar os seguintes pontos:

1. Todas as vendas de ingresso efetuadas pela MATCH seguiram os rígidos procedimentos de segurança determinados pela FIFA;

2. Não houve irregularidade ou ilegalidade em nenhuma venda de ingressos efetuada diretamente pela MATCH HOSPITALITY. A empresa não revende ingressos e seus contratos expressamente vetam a revenda não autorizada dos mesmos;

3. Podemos assegurar que o sr. Raymond Whelan não cometeu nenhum ato ilegal ou irregular e temos certeza de que isso será comprovado em breve pelas autoridades brasileiras;

4. A MATCH ou seus dirigentes têm um histórico de 30 anos de relacionamento com a FIFA assim como longa experiência na organização de grandes eventos esportivos. Além do gerenciamento dos serviços de venda de ingresso, acomodação e gestão de TI em Copas do Mundo desde 1994, a empresa também é ou foi responsável por diversos eventos, como o French Open, Ryder Cup, e os Jogos Pan-americanos do Rio, entre outros;

5. Estamos confiantes de que as investigações realizadas pelas autoridades brasileiras darão transparência aos fatos e deixarão claro a lisura do trabalho da MATCH e de sua equipe; a MATCH tem certeza de que os órgãos de investigação e as autoridades judiciárias envidarão todos os esforços para exonerar o sr. Whelan de qualquer responsabilidade na movimentação irregular de ingressos. Nós afirmamos que o sr. Whelan jamais facilitou ou participou de qualquer ato ilegal que eventualmente tenha sido cometido por pessoas ou grupos investigados;

6. A MATCH também se coloca à disposição para ajudar na investigação. Contamos com rigorosos procedimentos e ferramentas que permitem a lisura e o rastreamento de todos os ingressos vendidos diretamente pela empresa em operações gigantes. Na Copa do Mundo do Brasil, foram vendidos 3,2 milhões de ingressos, incluindo 300 mil ingressos de pacotes hospitality vendidos para cerca de 11 mil clientes corporativos e individuais.

7. A Área de Conformidade (MATCH Enforcement Team), que é uma divisão da MATCH Services, atuou sempre em conjunto com governos e órgãos de defesa do consumidor no Brasil e em vários outros países durante muitos anos. Sempre com o objetivo de aumentar o nível de informação sobre o problema de venda ilegal de ingressos, a empresa atua ajudando a identificar terceiros que estão envolvidos nessas atividades ilegais e apoiando a polícia e outras autoridades nesse trabalho.

7.jul.2014/Reuters
Ray Whelan (à esquerda) deixa distrito policial no Rio de Janeiro no último dia 7
Ray Whelan (à esquerda) deixa distrito policial no Rio de Janeiro no último dia 7
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