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02/02/2007 - 08h19

Polícia apura se milionário morto ameaçou tirar mulher do testamento

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da Folha Online

A Polícia Civil investiga a informação de que, dois dias antes de ser assassinado, o milionário Rennê Senna, ganhador de R$ 52 milhões da Mega-Sena, teria dito à cabeleireira Adriana Almeida --que era casada com ele-- que mudaria seu testamento pela segunda vez e não a deixaria mais como herdeira.

Na ocasião, apontam as investigações, os dois tiveram uma briga porque o milionário teria descoberto que Adriana tinha um romance com um de seus ex-seguranças e a expulsou de casa. Segundo encarregados da investigação, como a mulher saiu de casa, é provável que Rennê tenha querido mudar o testamento.

Reprodução
O ganhador da Mega-Sena assassinado, Rennê Senna, e a viúva Adriana Almeida
O ganhador da Mega-Sena assassinado, Rennê Senna, e a viúva Adriana Almeida
Antes de conhecer Adriana, ele havia preparado um testamento em que deixava 50% dos seus bens para a sua filha, Renata Senna, 20, e a outra metade para ser dividida entre os 11 irmãos. Após se unir a cabeleireira, o milionário mudou o inventário. A filha continuou com 50% da herança e o restante ficaria com Adriana.

Adriana está presa desde o último dia 30 sob suspeita de envolvimento no crime. O advogado dela, Alexandre Dumans, apresentou à Justiça um pedido de habeas corpus, na quinta. Os 11 irmãos de Rennê estudam a possibilidade de pedir a anulação do testamento.

Ganhador do prêmio da Mega-Sena em 2005, Rennê Senna foi morto em um bar no distrito de Lavras, na área rural de Rio Bonito (RJ), perto de onde morava, com cinco tiros na cabeça. Os disparos foram efetuados por dois encapuzados em uma motocicleta. Senna tinha as pernas amputadas por causa de diabetes.

PMs presos

Na quinta-feira (1º), dois PMs foram presos também suspeitos de ligação com a morte do milionário. Eles foram identificados como sargento Ronaldo Amaral de Oliveira e cabo Marcos Antônio Vicente, são ex-seguranças de Senna e amigos de Adriana.

Na casa de um filho de Oliveira, a polícia apreendeu uma moto similar à usada no crime --uma Honda Titan azul. Segundo a Delegacia de Homicídios do Rio, a moto foi pintada recentemente, mais um indício de que ela foi usada no crime. Durante as investigações, a polícia teria descoberto que o assassino sofreu uma queda da moto após o crime.

Foragidos

Outros três suspeitos estão foragidos. Eles são o ex-PM e ex-chefe de segurança de Senna, Anderson Silva Souza, que teria atirado no milionário; Janaína Silva Oliveira, que seria mulher de Souza; e Edinei Gonçalves Pereira, outro ex-segurança do milionário.

Outro crime

O delegado Roberto Cardoso confirmou na quinta que o assassinato de Rennê tem ligação com a morte do PM David Vilhena da Silva, ocorrida no último dia 4 de setembro, na Ilha do Governador (zona norte do Rio).

Segurança e homem de confiança do milionário, Silva foi morto após descobrir um plano de seqüestro de Rennê traçado por ex-seguranças. Para o delegado, o ex-PM Anderson Silva Souza é o principal suspeito de articular o seqüestro. O delegado afirmou que, uma semana antes da morte de Vilhena da Silva, Anderson fora demitido pelo milionário após o alerta do PM. Na época, era seu chefe de segurança.

Vilhena da Silva foi morto em uma emboscada. No dia do crime, recebeu uma ligação do novo chefe de segurança pedindo para chegar mais cedo porque um colega precisava sair antes. Foi morto por dois homens no caminho para o serviço. Uma pessoa foi obrigada pelos assassinos a levar o corpo, deixado na estrada das Canárias.

Com Folha de S.Paulo

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