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02/02/2007 - 19h01

Justiça decide manter viúva de milionário presa no Rio

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da Folha Online

A Justiça indeferiu pedido da defesa e decidiu nesta sexta-feira manter a prisão temporária da cabeleireira Adriana Almeida, suspeita de envolvimento no assassinato do marido, o milionário Rennê Senna. Ganhador de um concurso da loteria em 2005, ele foi morto a tiros no dia 7 de janeiro em Rio Bonito (RJ).

A prisão de Adriana foi decretada no dia 25 de janeiro, e ela foi detida no dia 30. Ao indeferir o pedido de habeas corpus, a desembargadora Maria Raimunda Teixeira de Azevedo, da 8ª Câmara Criminal do TJ (Tribunal de Justiça) do Rio, aponta "as circunstâncias dos fatos e a presença de pressupostos legais para a decretação da prisão temporária". O mérito do habeas corpus ainda será apreciado.

A suspeita da Polícia Civil é que Adriana tenha encomendado o crime porque, dois dias antes, Senna havia dito, durante uma briga, que tiraria o nome dela de seu testamento. O casal teria brigado porque o milionário havia descoberto que a mulher tinha um romance com um de seus ex-seguranças e a expulsado de casa.

Antes de conhecer Adriana, Senna havia preparado um testamento em que deixava 50% dos seus bens para a sua filha, Renata Senna, 20, e a outra metade para ser dividida entre os 11 irmãos. Após se unir a cabeleireira, o milionário mudou o inventário. A filha continuou com 50% da herança e o restante ficaria com Adriana.

Suspeitos presos

Outras três pessoas estão presas sob suspeita de envolvimento no crime. Procurado desde o começo desta semana por seu suposto envolvimento na morte de Rennê Senna, o ex-PM e ex-chefe de segurança Anderson Silva Souza se apresentou na manhã desta sexta-feira à Polícia Civil do Rio. Ele deve permanecer preso, por força de um mandado da Justiça, emitido no começo desta semana.

Reprodução
O ganhador da Mega-Sena assassinado, Rennê Senna, e a viúva Adriana Almeida
O ganhador da Mega-Sena assassinado, Rennê Senna, e a viúva Adriana Almeida
A primeira pessoa supostamente ligada ao crime a ser presa foi a viúva. Ela foi encontrada no último dia 30, em um hotel de Niterói (RJ). O advogado dela, Alexandre Dumans, apresentou quinta-feira (1º), à Justiça, o pedido de habeas corpus em favor dela.

Na quinta-feira (1º), o sargento da PM Ronaldo Amaral de Oliveira e o cabo da PM Marcos Antônio Vicente, ex-seguranças de Senna e amigos de Adriana, também foram presos.

Na casa de um filho de Oliveira, a polícia apreendeu uma moto similar à usada no crime --uma Honda Titan azul. Segundo a Delegacia de Homicídios do Rio, a moto foi pintada recentemente e, durante as investigações, a polícia descobriu que os assassinos caíram da moto depois de atirar contra o milionário.

Rennê Senna ganhou R$ 52 milhões na Mega-Sena, em 2005. Foi morto em um bar no distrito de Lavras, na área rural de Rio Bonito (RJ), perto de onde morava, com cinco tiros na cabeça. Os disparos foram efetuados por dois encapuzados em uma motocicleta. Senna tinha as pernas amputadas por causa de diabetes.

Foragidos

Outros dois suspeitos continuam foragidos. Eles são Janaína Silva Oliveira, que seria mulher de Souza; e Edinei Gonçalves Pereira, outro ex-segurança do milionário.

Outro crime

O delegado Roberto Cardoso confirmou na quinta que o assassinato de Rennê tem ligação com a morte do PM David Vilhena da Silva, ocorrida no último dia 4 de setembro, na Ilha do Governador (zona norte do Rio).

Segurança e homem de confiança do milionário, Silva foi morto após descobrir um plano de seqüestro de Rennê traçado por ex-seguranças. Para o delegado, o ex-PM Anderson Silva Souza é o principal suspeito de articular o seqüestro. O delegado afirmou que, uma semana antes da morte de Vilhena da Silva, Anderson fora demitido pelo milionário após o alerta do PM. Na época, era seu chefe de segurança.

Vilhena da Silva foi morto em uma emboscada. No dia do crime, recebeu uma ligação do novo chefe de segurança pedindo para chegar mais cedo porque um colega precisava sair. Foi morto por dois homens no caminho para o serviço. Uma pessoa foi obrigada pelos assassinos a levar o corpo à estrada das Canárias.

Com Folha de S.Paulo

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