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Dia 23/10/00

 

 

Infoexclusão brasileira é acelerada pela alto custo da Internet

Rodrigo Zavala
Equipe GD

Pesquisa realizada pela Fundação para o Consumidor dos EUA (FCE) mostra que a diferença existente no país, entre as pessoas excluídas e incluídas na era digital, está consolidada, e não deve diminuir tão cedo. O estudo aponta dois motivos principais para a população estar desconectada: falta de recursos financeiros (47%) e pouca instrução (15%).

No Brasil, ocorre algo semelhante. Apesar de não estarmos com a divisão digital definida, avançamos para uma infoexclusão ainda mais grave. Essa é opinião de Carlos Afonso, co-fundador e ex-diretor do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas, em seu trabalho "Internet no Brasil: acesso para todos é possível?", publicado pela Friedrich Ebert Stftung.

No documento, Afonso faz alertas sobre os empecilhos da democratização da Internet no Brasil. "O país é de longe o pior colocado em números per capita de usuários e computadores, entre as nove maiores economias do mundo. A infra-estrutura digital é uma das mais caras do mundo", afirma.

Um exemplo: uma conexão dedicada local de 2mega por segundo (2MB) custa no Brasil cerca de US$14 mil. Nos EUA, uma conexão similar não passa de U$1.200.

Ou seja, o alto custo para o acesso à Internet deixou quase metade dos americanos excluídos da era digital. No Brasil, em que as conexões são 10 vezes mais caras, a infoexclusão tende a ser maior e mais elitista.

O editorialista e colaborador da equipe de articulistas do jornal Folha de S. Paulo, Gilson Schwartz, não só concorda com Afonso, como chama a atenção para a falta de mecanismos efetivos de democratização do acesso. "Não há políticas federais para uma conexão de escolas públicas, programas de treinamento básico, pesquisa em alternativa de conexão a baixo custo etc", diz.

De acordo com Schwartz, o Brasil teve uma das políticas mais avançada da América Latina em relação à Internet, "corre o risco de ser retardatário quando se trata da questão social."

 

 

 
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