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Dia 30/05/01

 

 


Pai quebra licença para acompanhar primeiros meses do filho

Raquel Souza
Especial para o GD

Quando trabalhava em uma grande editora, o diretor de criação Primo Alex Gerpelli, 25 anos, quase não voltava para casa. "Não raro, eu trabalhava das dez da manhã até as cinco horas do dia seguinte". Com esse ritmo, quase não conseguiu acompanhar a gravidez de sua mulher, a editora de arte Erica.

Com o nascimento do filho no início do ano, porém, Gerpelli resolveu dedicar quatro meses para passar ao lado do menino e da mãe. Por meio de um acordo, passou a realizar trabalhos free-lance em casa para a editora Abril. "Consegui outros trabalhos em agências de publicidade e fiz um livro", conta.

Para ele, a experiência é uma boa forma de substituir a tradicional licença paternidade de quatro dias. "É um absurdo. Quatro dias não são nada. É o tempo da mulher sair da maternidade, mas ela ainda não está recuperada da cirurgia. Trabalhar em casa foi bom porque pude acompanhar um pouco mais de perto o desenvolvimento do meu filho. A Erica também ganhou porque teve um companheiro para dividir tarefas", explica.

Por enquanto, o casal tem um acordo. "A Erica vai continuar trabalhando em casa e eu fora. Se eu tivesse um número mais significativo de clientes fixos, provavelmente trabalharia em casa", afirma.

Gerpelli também lembra que o 'home-office' não é mil maravilhas para quem não consegue ser flexível com horários, principalmente quando se tem filhos muito pequenos. "No período da manhã, era impossível trabalhar porque os dois filhos estavam em casa. Era necessário dedicar mais tempo a eles. Isso era compensado com trabalho noturno", finaliza.

 

 
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