Siemens inicia programa de 'home-office'
Raquel Souza
Especial para o GD
A Siemens quer
mandar boa parte dos seus funcionários para casa. Com mais
de sete mil trabalhadores no Brasil, a empresa de tecnologia começa
a implementar o seu projeto de 'home-office'.
Atualmente,
apenas 70 gerentes e oito diretores dispõem deste regime
alternativo de trabalho. Ou seja, podem trabalhar de suas casas
e ir até a sede da empresa em reuniões ou alguma atividade
específica.
"O 'home-office' não é trivial como as pessoas
dizem. Uma coisa são gerentes e diretores trabalhando em
casa, eles possuem estrutura e autonomia. Outra é possibilitar
que o meio da pirâmide social de uma empresa conte com esse
benefício. Esse é o projeto da Siemens", diz
Tácito Pinto, consultor de desenvolvimento organizacional
e formação gerencial da empresa.
Para que dê
certo, a Siemens começa a desenvolver atividades diferenciadas
com família, chefes de departamentos e funcionários,
incentivando a adaptação à nova realidade.
Se gerentes
e coordenadores contam com um aparato pronto para ficar em casa
(segurança, escritório, computador, notbook, celular,
entre outros), o mesmo não ocorre com os demais trabalhadores:
"Preciso pensar naquela funcionária que mora no Cingapura.
Como eu vou garantir uma estrutura confortável de trabalho?",
explica Pinto.
Outro problema ainda não resolvido, como em todo sistema
de 'home-office', são as obrigações da empresa.
"Se o empregado corta o dedo no refeitório de uma fabrica,
isso é acidente de trabalho. Mas se isso acontecer na sua
casa, em horário de serviço?", indaga o consultor.
Para Pinto,
essa nova forma de trabalhar precisa ser implantada com muito cuidado,
verificando a demanda de cada setor da empresa. "É um
caminho que não tem volta. Não dá para mandar
o trabalhador para casa e depois fazê-lo voltar, porque as
vagas no escritório, a mesinha, o computador são extintos",
conclui.
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