Shell adota tele-trabalho para equipes de vendas
e engenharia
Raquel Souza
Especial para o GD
Na Shell do
Brasil, mais de 260 pessoas passaram a trabalhar em casa nos últimos
três anos. Desde 1999, a empresa implementou o modelo de tele-trabalho
para sua equipe de vendas e engenharia.
"Realizamos
um levantamento com esse pessoal e constatamos que o tempo desperdiçado
no trânsito, em especial nas grandes cidades, e o excesso
de reuniões de equipe eram motivos de prejuízos",
diz Sandra Saldanha, gerente de projetos da empresa.
Para sanar o
problema, a Shell resolveu investir em notebooks, celulares e caixas
postais. "Os funcionários ligados a engenharia e vendas
deixaram de ter um compromisso com escritório e passaram
a trabalhar em casa e nas ruas. A Shell custeia despesas como conta
de luz, telefone e outros detalhes para que esse processo tenha
êxito", declara Sandra.
A equipe de
vendas, segundo a gerente, ganhou um precioso tempo para dedicar
aos clientes. Já a de engenharia foi acompanhar mais de perto
as iniciativas da Shell pelo Brasil. "Nossa necessidade é
de que esses profissionais produzam bem fora da empresa", afirma
a gerente.
A forma de avaliar
as equipes também foi alterada. "Não medimos
mais a eficiência pelo compromisso com os horários.
Agora, esses profissionais cumprem programas de metas com prazos
estabelecidos. Lucramos com a produtividade e, por outro lado, engenheiros
e representantes comerciais ganharam tempo livre para dedicarem-se
a suas agendas pessoais", diz Sandra.
Ela levanta
duas questões que devem ser consideradas para a implantação
de escritórios em casa: "A regra não se aplica
a todos os tipos trabalhos. Na Shell, são cargos muito específicos.
A implantação teve como intuito resolver problemas
práticos". Ela lembra que são necessários
encontros sociais e reuniões, mesmo que seja apenas "para
ver o novo corte de cabelo do colega".
Sergio Farat,
gerente comercial da Shell, diz que o trabalho longe da empresa
tem lá os seus benefícios, mas é preciso relativizá-los:
"Viajo com freqüência, quase nunca estou realmente
em casa".
Mas entre uma
ponte área e outra, aproveita. "Vejo isso tudo com bons
olhos. Nos dias que estou em São Paulo, fico com minha família
ao invés de em um escritório ou no trânsito
caótico", conclui.
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