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22/10/2001 - 16h12

Preparação para mercado de trabalho começa na escola em SP

DÉBORA YURI
da Revista da Folha

Usar a internet para trocar e-mails, conversar no ICQ (programa que permite diálogo em tempo real) ou fazer pesquisa escolar é hábito comum entre adolescentes. Mas aprender na escola a desenvolver sites, uma das áreas mais promissoras do mercado de trabalho atual, certamente será uma carta na manga para um estudante recém-saído do colégio.

No paulistano Pueri Domus, o aprendizado de webdesign é opcional e faz parte das atividades sociais extra-curriculares. Dezoito alunos de 1º e 2º anos do ensino médio estão produzindo um site para a ONG Ipes (Instituto de Pesquisa Especial para a Sociedade), que atua no bairro Jardim São Marcos, periferia de Campinas, nas áreas de saúde e educação.

A instituição precisava de divulgação para aumentar seu alcance e os alunos adotaram a causa. A página será entregue, já finalizada, no início de novembro. "O projeto é atraente porque, além de aprender a fazer páginas virtuais, eles agem como cidadãos", diz Maria da Graça Moraes, 48, coordenadora do núcleo de projetos sociais do colégio.

Ela diz que todos os participantes têm interesse e uma certa habilidade com os computadores e o mundo virtual. "Essa é uma boa forma de eles se aperfeiçoarem mais cedo do que muitos profissionais", afirma. O colégio oferece 150 minutos de teoria e prática por semana.

De olho no futuro, o Magno também colocou à disposição dos alunos computação gráfica, com programas usados em webdesign como o Flash, dentro de sua extensa lista de cursos eletivos. São opcionais extra-curriculares que os alunos escolhem para preencher a grade escolar mais ao seu gosto. "De uns tempos para cá, notamos que os jovens não estão mais querendo entregar trabalhos simples, em Power Point (gráficos apresentados na tela). Eles querem fazer tudo bem produzido, moderno, sempre usando computador e muita animação gráfica", conta a diretora Cláudia Tricate.

Pegando carona num projeto do governo norte-americano de incentivo ao estudo de ciências, o Bandeirantes adotou o "Mars-Millennium", um projeto cujo objetivo é criar uma colônia virtual em Marte para mil pessoas, no ano de 2050.

"Os alunos têm que criar tudo, desde a estrutura da colônia até a sua constituição, passando por necessidades básicas como sistema educacional, alimentação, respiração e natalidade", explica o coordenador Airton Borges, 47, professor de física.

Quem integra o "Mars-Millennium" também precisa fazer bastante pesquisa. Os estudantes visitam sites ligados à colonização de Marte quase que diariamente, e também fazem parte de listas de discussão por e-mail com pesquisadores de outros países. Tudo para propor as melhores soluções para a vida no planeta vermelho.

A idéia, segundo Airton, é aprender webdesign pesquisando tecnologia e comportamento humano. O produto final do trabalho, que é opcional e dirigido para alunos do 2º ano do ensino médio, estará no site do colégio.

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