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10/01/2002 - 10h15

Critério de seleção para bolsa-moradia é socioeconômico

da Folha de S.Paulo

Não basta ser carente para obter uma bolsa-moradia. É por esse motivo que o processo de seleção de algumas universidades trata da situação socioeconômica para listar quem precisa mais de assistência, o que às vezes provoca polêmica entre os alunos.

Para a estudante do terceiro ano de história Mojana Vargas, 27, os critérios da Coseas (Coordenadoria de Assistência Social), setor que seleciona os bolsistas da USP (Universidade de São Paulo), não são claros. "A avaliação não é objetiva. Você é escolhido se eles vão ou não com a sua cara."

A diretora da Divisão de Promoção Social do Coseas, Marisa Luppi, afirma que a escolha se baseia em diversos fatores, como idade, condições e local de moradia, situação familiar (se os pais estão vivos e empregados), empregabilidade e se a pessoa já tem curso superior, entre outros. "Temos de hierarquizar os alunos e muitas vezes eles se sentem injustiçados. Para justificar ao estudante que ficou em 175º lugar a sua colocação, tenho que explicar em detalhes a situação dos 174 anteriores. Não posso fazer isso, o que dá a impressão de que os critérios são subjetivos."

Para resolver o impasse neste ano, Marisa pretende discutir com representantes de moradores do Crusp (Conjunto Residencial da USP) e chegar a um consenso quanto aos critérios para elaborar a lista de classificação, tudo isso antes do processo seletivo para a bolsa-moradia.

No Crusp, embora a população seja de 1.800 estudantes, oficialmente são 1.300 vagas -além dos alojamentos nos campi do interior do Estado. Anualmente, cerca de 500 estudantes se inscrevem para as 150 vagas na moradia.

Na moradia da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), vivem 853 estudantes em 226 casas -27 delas são para casais com crianças de até cinco anos.

Na Unesp (Universidade Estadual Paulista), 1.253 alunos têm algum tipo de assistência para moradia -883 vivem em prédios da universidade, 169, em casas alugadas e à disposição dos alunos e 201, com auxílio-aluguel para subsidiar a moradia.

"Conforme aumenta o ingresso de alunos vindos da escola pública, cresce a procura por bolsas. Sem as bolsas, muitos alunos deixariam de estudar, principalmente sem a moradia", diz Maria Luisa Custódio, técnica administrativa do SAE (Serviço de Apoio ao Estudante) da Unicamp. Os serviços são procurados por alunos de diversos níveis de renda, já que são oferecidos estágios e bolsas para pesquisa.

Segundo Raquel Maria de Macedo, coordenadora do Setor de Serviço Social ao Aluno, da PUC-Campinas, a maior procura por bolsas é por parte do aluno de primeiro ano. "O que nos chamou a atenção no passado foi o aumento significativo de alunos entrevistados que tinham ao menos um membro do grupo familiar desempregado."

Fovest - 10.jan.2002

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