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10/01/2002
-
11h30
especial para Folha de S.Paulo
Não há como negar: 2001 será lembrado como o ano dos ataques terroristas contra os Estados Unidos. Marco histórico, 11 de setembro estará presente em todas as retrospectivas do novo século. E mais, as imagens do WTC em chamas ficarão gravadas na retina atônita da humanidade. Como destacou o escritor italiano Umberto Eco, "nenhum romancista pode imaginar algo mais terrível que a verdade".
Sem precedentes na história recente, a proeza de Osama Bin Laden ultrapassou os limites da ficção. Proporcional, talvez, apenas ao poder conferido pelo Congresso dos EUA a George W. Bush. Absoluto, o sucessor de Clinton desferiu o ultimato: "Ou se está conosco, ou se está com os terroristas". Ao negar-se ao diálogo, Bush aproxima-se da truculência do premiê israelense Ariel Sharon, com seu terrorismo de Estado a desafiar a ira dos suicidas do Hamas, e fica mais perto da prepotência do primeiro-ministro italiano Sílvio Berlusconi: "Devemos estar conscientes da superioridade da civilização ocidental".
Surpreendentemente, foi em nome de Deus que o Taleban transformou o Afeganistão. Proibiu o cultivo de papoula, base do ópio, e sacrificou a liberdade das mulheres. Os EUA, por sua vez, em nome da justiça, atacaram Cabul, ameaçaram Bagdá e prometeram, sozinhos, erradicar o terrorismo. Bush, em nome da segurança, foi além: garantiu que vai construir um escudo antimísseis e, em nome de interesses particulares, negou-se a ratificar o Protocolo de Kyoto.
Para completar essa agenda unilateral, abandonou a conferência contra o racismo, em setembro (antes dos atentados terroristas), na África do Sul.
Por todos esses fatos, em nome do amanhã, devemos nos pôr a pensar sobre o futuro. Sobre o futuro americano depois de 11 de setembro e sobre o do Afeganistão pós-Taleban. Sobre o futuro do Acordo de Oslo e do conflito entre israelenses e palestinos. Sobre o futuro de Milosevic em Haia e do Irã com Khatami. Sobre o da Argentina pós-colapso e o da Alca e do Mercosul. Sobre o futuro da Espanha na luta contra o ETA e o drama do Ulster em busca da paz. Sobre o futuro da Caxemira e o confronto entre Paquistão e Índia. Sobre o do Brasil na escolha do sucessor de Fernando Henrique Cardoso.
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Roberto Candelori é coordenador da Cia. de Ética, professor da Escola Móbile e do Objetivo
Fovest - 10.jan.2002
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RESUMÃO
História
Matemática
Física
Português
Biologia
PROFISSÕES
Jornalismo exige mais do que se imagina
Exigência de diploma de jornalismo é suspensa
PROGRAMA
Cursinhos comunitários têm inscrições abertas
Filme e fotos retratam cotidiano em Jerusalém
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Resumão/atualidades - Reflexões sobre 2001
ROBERTO CANDELORIespecial para Folha de S.Paulo
Não há como negar: 2001 será lembrado como o ano dos ataques terroristas contra os Estados Unidos. Marco histórico, 11 de setembro estará presente em todas as retrospectivas do novo século. E mais, as imagens do WTC em chamas ficarão gravadas na retina atônita da humanidade. Como destacou o escritor italiano Umberto Eco, "nenhum romancista pode imaginar algo mais terrível que a verdade".
Sem precedentes na história recente, a proeza de Osama Bin Laden ultrapassou os limites da ficção. Proporcional, talvez, apenas ao poder conferido pelo Congresso dos EUA a George W. Bush. Absoluto, o sucessor de Clinton desferiu o ultimato: "Ou se está conosco, ou se está com os terroristas". Ao negar-se ao diálogo, Bush aproxima-se da truculência do premiê israelense Ariel Sharon, com seu terrorismo de Estado a desafiar a ira dos suicidas do Hamas, e fica mais perto da prepotência do primeiro-ministro italiano Sílvio Berlusconi: "Devemos estar conscientes da superioridade da civilização ocidental".
Surpreendentemente, foi em nome de Deus que o Taleban transformou o Afeganistão. Proibiu o cultivo de papoula, base do ópio, e sacrificou a liberdade das mulheres. Os EUA, por sua vez, em nome da justiça, atacaram Cabul, ameaçaram Bagdá e prometeram, sozinhos, erradicar o terrorismo. Bush, em nome da segurança, foi além: garantiu que vai construir um escudo antimísseis e, em nome de interesses particulares, negou-se a ratificar o Protocolo de Kyoto.
Para completar essa agenda unilateral, abandonou a conferência contra o racismo, em setembro (antes dos atentados terroristas), na África do Sul.
Por todos esses fatos, em nome do amanhã, devemos nos pôr a pensar sobre o futuro. Sobre o futuro americano depois de 11 de setembro e sobre o do Afeganistão pós-Taleban. Sobre o futuro do Acordo de Oslo e do conflito entre israelenses e palestinos. Sobre o futuro de Milosevic em Haia e do Irã com Khatami. Sobre o da Argentina pós-colapso e o da Alca e do Mercosul. Sobre o futuro da Espanha na luta contra o ETA e o drama do Ulster em busca da paz. Sobre o futuro da Caxemira e o confronto entre Paquistão e Índia. Sobre o do Brasil na escolha do sucessor de Fernando Henrique Cardoso.
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Roberto Candelori é coordenador da Cia. de Ética, professor da Escola Móbile e do Objetivo
Fovest - 10.jan.2002
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