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06/02/2008 - 21h46

Embalado pela Superterça, McCain tenta convencer republicanos conservadores

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da Folha Online

Embalado por suas vitórias nas prévias da Superterça, John McCain, favorito à indicação republicana para a Casa Branca, se esforçava nesta quarta-feira para convencer a ala mais conservadora de seu partido.

"Estamos de volta à luta com o objetivo de ganhar, unificar o partido e nos preparar para derrotar o candidato democrata em novembro", declarou John McCain ao subir nesta quarta-feira no avião que o levou para Washington, depois de comemorar suas vitórias da Superterça (05) em seu estado do Arizona.

Charles Dharapak/AP
Em discurso no Arizona, John McCain agradeu apoio da mulher e da mãe
Em discurso, o veterano da Guerra do Vietnã John McCain agradeu apoio da mulher e da mãe

O processo da terça-feira foi a maior votação simultânea da história das primárias dos Estados Unidos, quando em um único dia 24 dos 50 Estados americanos elegerão 2.025 delegados democratas e 1.191 republicanos.

Entenda o processo eleitoral americano.

Apesar de McCain estar na liderança da corrida à indicação republicana com 613 delegados, contra 269 para Mitt Romney e 190 para Mike Huckabee, ele ainda não obteve os 1.191 delegados necessários para garantir a vitória.

No próximo sábado (09), o senador pelo Arizona participa das prévias em Louisiana (sul), Kansas (centro) e no estado de Washington (noroeste). Na terça-feira (12), haverá prévias em Maryland, Virginia e Washington DC.

O ex-governador do Arkansas e ex-pastor batista Mike Huckabee venceu na terça-feira em cinco Estados conservadores do sul do país, cruciais para qualquer estratégia eleitoral republicana.

O mórmon Mitt Romney, segundo colocado que obteve resultados decepcionantes na terça-feira, continuou com seus ataques contra McCain, quem acusa de ser "liberal demais".

Arte Folha Online/AP
Número de delegados dos pré-candidatos
Número de delegados dos pré-candidatos

"John McCain tem um problema com os conservadores. Huckabee tem um problema de elegibilidade. Mitt Romney é o homem que tem a mensagem certa para vencer essas primárias", afirmou o principal conselheiro de Romney, Ben Ginsberg, nesta quarta-feira ao canal de TV MSNBC.

McCain reiterou que defenderá seu balanço conservador na quarta-feira, durante discurso de três horas.

"Minha mensagem será a seguinte: compartilhamos os mesmos princípios conservadores, e deveríamos nos reunir em torno desses princípios sobre os quais concordamos", declarou McCain, 71.

O senador sempre foi criticado pela ala mais conservadora do Partido Republicano. Em 2000, quando disputava a indicação com George W. Bush, ele acabou com suas chances de vitória ao chamar dois influentes líderes da direita religiosa de "agentes da intolerância".

Mesmo se muitos conservadores radicais parecem agora dispostos a aceitar McCain como o candidato mais capaz de superar os democratas na eleição presidencial de 4 de novembro, outros não o perdoam por ter votado contra reduções de impostos, ter se recusado a proibir o casamento gay e ter apoiado reformas da imigração.

Democratas

As campanhas de Barack Obama e Hillary Clinton, os dois pré-candidatos à nomeação para a candidatura pelo Partido Democrata à Presidência dos EUA, já ensaiam os próximos passos. Os alvos mais visados agora são os Estados de Virgínia, Maryland e o distrito de Columbia, na próxima terça-feira (12).

A expectativa de cada um dos rivais democratas também é de que as votações no próximo sábado (9) garantam uma dianteira mais expressiva --ambos chegaram ao fim da Superterça em situação ainda indefinida; ainda que Obama tenha obtido vitória em mais Estados, Hillary venceu em Estados-chave, como Califórnia, Nova York e Nova Jersey.

No sábado, em Washington, os democratas irão realizar um "caucus" para a escolha de 78 delegados, em regime proporcional; na Louisiana, os democratas realizarão uma primária, aberta a eleitores independentes, que deve terminar às 20h (2h de domingo), com 56 delegados em jogo.

Em Nebraska, os democratas realizarão um "caucus" com 24 delegados em jogo, a serem distribuídos proporcionalmente; e no Maine, serão realizados "caucus" para escolher 24 delegados.

Segundo analistas, Obama tem uma margem de vantagem nas votações do sábado; já a campanha de Hillary tem as atenções voltadas para o Estado do Texas --que, como Ohio, realizará sua primária no dia 4 de março. Também está no foco da campanha da senadora por Nova York a primária a ser realizada na Pensilvânia, em 22 de abril.

Hillary já conta com 845 delegados, enquanto Obama tem 765, do total de 2.025 necessários para obter a indicação para a candidatura na convenção do partido, em agosto.

Antes da Superterça, os democratas já haviam realizado primárias em Iowa, New Hampshire, Michigan, Nevada, Carolina do Sul e Flórida. Esses Estados juntos somaram 174 delegados --Flórida e Michigan, no entanto, perderam o direito a escolher seus delegados, por terem realizado as primárias sem a autorização do Comitê Nacional Democrata (Michigan perdeu, assim, 156 delegados; na eleição de 2004, a Flórida havia eleito 177 delegados).

Até a Superterça, Hillary havia vencido quatro das seis prévias até então realizadas. Obama venceu as outras duas disputas, e ambas garantiram 63 delegados ao pré-candidato (que é senador por Illinois).

Ontem foram realizadas primárias (eleição em nível estadual onde os eleitores escolhem um candidato do seu partido) ou "caucus" (assembléia de membros de um partido que se reúnem para escolher um candidato) em outros 24 Estados americanos. Para os democratas estavam em disputa ontem 1.681 delegados, em 16 primárias e sete "caucus"; para os republicanos a disputa era por 1.020 delegados em 15 primárias e seis "caucus".

Com France Presse, Efe e Associated Press

Comentários dos leitores
hugo chavez (262) 11/01/2010 22h49
hugo chavez (262) 11/01/2010 22h49
As "autoridades" de imigração dos eua encobriram maus-tratos a estrangeiros e falta de atendimento médico nos casos de detidos mortos na prisão nos últimos anos, denunciou o jornal "The New York Times". A informação é parte do conteúdo de documentos internos e confidenciais obtidos pela publicação e a ONG União Americana de Liberdades Civis. Ambos se acolheram a uma lei de transparência que obriga à divulgação deste tipo de informação pelo governo. Os documentos mencionam os casos de 107 estrangeiros que morreram nos centros de detenção para imigrantes desde outubro de 2003. "Certos funcionários, alguns deles ainda em postos-chave, usaram seu cargo para ocultar provas de maus-tratos, desviar a atenção da imprensa e preparar declarações públicas com desculpas, após ter obtido dados que apontavam os abusos". É mais uma da "democracia" estadounidense que vive apontando o dedo para os outros. Quanto tempo e quantas patifarias ainda faltam para que alguns reconheçam que "liberdade e democracia" são MITOS nos eua. Ali acontece todo o tipo de manipulação, tortura, conchavo, tráfico, suborno, violência, abuso, enfim, toda a sorte de patifarias. Os eua estão mergulhados no mais profundo colapso em TODOS os sentidos. Não dá mais para encobrir que eles não se diferenciam em nada de TODOS os regimes que criticam, mas, como tem o poder das armas e são totalmente influenciados pela doutrina nazi sionista racista e fascista, são os maiores e verdadeiros grandes TERRORISTAS do mundo. São os condutores das maiores mazelas nos 4 cantos e o povo estadounidense precisa recuperar o poder e realmente conseguir resgatar sua Nação. Para começar, é preciso ter presidentes de verdade e não fantoches de 2 partidos que têm os mesmos "senhores", o sionismo internacional. Vivemos um momento decisivo onde devemos apoiar a Resistência mundial e lutar para derrubar o eixo que venceu o outro eixo na 2ª guerra e construir um mundo livre voltado para o socialismo do século XXI. Não ao capitalismo e ao comunismo, duas faces da mesma moeda controladas pelos sionismo. sem opinião
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Luciano Edler Suzart (40) 09/10/2009 10h20
Luciano Edler Suzart (40) 09/10/2009 10h20
A situação é periclitante, se antigamente se concedia o Nobel da Paz a quem de algum modo, plantava a paz no mundo, hoje (dada a escassez de boa fé geral) se concede o prémio a quem não faz a guerra... Como diria o sábio Maluf: "Antes de entrar queria fazer o bem, depois que entei, o máximo que conseguí foi evitar o mal"
Só assim pra se justificar esse Nobel a Obama, ou podemos ver como um estímulo preventivo a que não use da força bélica que lhe está disponível contra novos "Afeganistões" do mundo.
1 opinião
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honório Tonial (2) 16/05/2009 21h47
honório Tonial (2) 16/05/2009 21h47
Considero ecelente vosso noticiario. Obrigado, aos 83 anos de mnha vida, 8 opiniões
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