Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
11/03/2008 - 14h01

Campanha de Obama critica política dos EUA em Israel

Publicidade

da Folha Online

O senador Barack Obama afirmou recentemente que irá atuar diretamente no processo de paz entre israelenses e palestinos, caso seja eleito presidente dos Estados Unidos. Seus conselheiros de campanha criticaram o presidente George W. Bush por ter tido uma atuação muito fraca na questão durante os sete anos de seu mandato.

Eles criticaram também o fato do governo Bush não ter seguido rigorosamente as estipulações da conferência de Annapolis - evento realizado em novembro com os líderes de Israel e da Autoridade Nacional Palestina que se comprometeram a alcançar um acordo de paz no prazo de um ano.

Alex Brandon/AP
Texto: Democratic presidential hopeful Sen. Barack Obama D-Ill., smiles at the crowd at the overflow site after speaking at Jackson State University in Jackson, Miss., Monday, March 10, 2008. (AP Photo/Alex Brandon)
O senador Barack Obama intensifica sua campanha em Jackson, Mississippi. Estado deve conceder vitória ao candidato democrata

Um conselheiro próximo de Obama -- que permaneceu anônimo por pedido da equipe de campanha -- afirmou que Obama é "inegavelmente e abertamente compromissado em colocar seu poder presidencial para encontrar uma solução para os israelenses e palestinos".

Alguns conservadores questionaram a política de Obama quanto ao Oriente Médio. Eles criticam sua relação declarada com países tidos como perigosos, como o Irã. Sugerem também que ele pressionaria concessões israelenses à Palestina mais do que qualquer outro candidato ao cargo presidencial.

Obama respondeu às críticas enfatizando que uma ação mais presente no Oriente Médio não significa que ele pressionará Israel a aceitar um acordo palestino e afirma que seus planos são "um compromisso que será mantido".

O ex-embaixador do Israel e Egito, Daniel Kurtzer partiu em defesa do candidato democrata dizendo que não há evidências de que isso aconteceria efetivamente. Kutzer foi recentemente recrutado como conselheiro de Obama em questões do Oriente Médio e tem a missão de conquistar votos judeus para o democrata.

Para o conselheiro, Obama tem consciência do dilema que muitos israelenses enfrentam: por um lado, eles querem paz, mas por outro preocupam-se com a capacidade dos palestinos de se ater a compromissos estipulados.

Alguns comentaristas muçulmanos que têm acompanhado a disputa eleitoral nos Estados Unidos dizem acreditar que há pouca indicação na retórica de Obama de que ele manteria uma posição imparcial no conflito. Isso inclui sua postura na guerra libanesa ocorrida em 2006, quando argumentou fortemente pelo direito de Israel defender-se.

Segundo o relato do jornalista norte-americano Hussain Abdul-Hussain, que atualmente trabalha em uma publicação no Líbano: "Mesmo de um ponto de vista libanês, não há razão para acreditar que Obama seria melhor que Bush em Israel".

A suposta origem muçulmana de Obama, iniciada pela divulgação de uma foto na qual o candidato veste trajes típicos em visita à África, aumentou os debates em relação a sua postura no Oriente Médio. Alguns de seus críticos questionam seu apoio à nação judia e o conectam à figura política de Louis Farrakhan, conhecido por sua retórica anti-israelense.

Obama negou ser muçulmano e declarou-se cristão, após uma experiência de conversão. Sua campanha considera as suposições um "ataque injusto" daqueles que querem acabar com seu apoio entre os eleitores da comunidade judia.

Diferentes posições

Apesar das críticas a política internacional de George W. Bush, Obama concorda com a postura do atual presidente de apoiar o direito de Israel de defender-se dos ataques palestinos e sua política administrativa de evitar negociações com o grupo radical islâmico Hamas.

O tema parece mais simples para seus oponentes. Hillary Clinton, candidata democrata, conta com a boa reputação de seu marido, ex-presidente Bill Clinton que apoiou firmemente o Estado judaico.

Já seu oponente republicano, John McCain agendou uma viagem a Jerusalém na próxima semana para fortalecer sua imagem frente a questões internacionais.

Há um ano, Obama deu um discurso para o AIPAC, um grupo de lobbistas pró-Israel com sede em Washington. Na época, ele contou sobre sua visita ao país em 2006 e tentou estabelecer, para os eleitores, as bases de sua proposta política para a questão.

No evento, ele afirmou que, para alcançar a paz, será preciso que Israel e Estados Unidos façam um grande esforço conjunto. Obama afirmou também que, acima de tudo, é necessário um "compromisso claro com a segurança de Israel". Para ele, o país é o aliado mais forte dos Estados Unidos na região.

Comentários dos leitores
hugo chavez (262) 11/01/2010 22h49
hugo chavez (262) 11/01/2010 22h49
As "autoridades" de imigração dos eua encobriram maus-tratos a estrangeiros e falta de atendimento médico nos casos de detidos mortos na prisão nos últimos anos, denunciou o jornal "The New York Times". A informação é parte do conteúdo de documentos internos e confidenciais obtidos pela publicação e a ONG União Americana de Liberdades Civis. Ambos se acolheram a uma lei de transparência que obriga à divulgação deste tipo de informação pelo governo. Os documentos mencionam os casos de 107 estrangeiros que morreram nos centros de detenção para imigrantes desde outubro de 2003. "Certos funcionários, alguns deles ainda em postos-chave, usaram seu cargo para ocultar provas de maus-tratos, desviar a atenção da imprensa e preparar declarações públicas com desculpas, após ter obtido dados que apontavam os abusos". É mais uma da "democracia" estadounidense que vive apontando o dedo para os outros. Quanto tempo e quantas patifarias ainda faltam para que alguns reconheçam que "liberdade e democracia" são MITOS nos eua. Ali acontece todo o tipo de manipulação, tortura, conchavo, tráfico, suborno, violência, abuso, enfim, toda a sorte de patifarias. Os eua estão mergulhados no mais profundo colapso em TODOS os sentidos. Não dá mais para encobrir que eles não se diferenciam em nada de TODOS os regimes que criticam, mas, como tem o poder das armas e são totalmente influenciados pela doutrina nazi sionista racista e fascista, são os maiores e verdadeiros grandes TERRORISTAS do mundo. São os condutores das maiores mazelas nos 4 cantos e o povo estadounidense precisa recuperar o poder e realmente conseguir resgatar sua Nação. Para começar, é preciso ter presidentes de verdade e não fantoches de 2 partidos que têm os mesmos "senhores", o sionismo internacional. Vivemos um momento decisivo onde devemos apoiar a Resistência mundial e lutar para derrubar o eixo que venceu o outro eixo na 2ª guerra e construir um mundo livre voltado para o socialismo do século XXI. Não ao capitalismo e ao comunismo, duas faces da mesma moeda controladas pelos sionismo. sem opinião
avalie fechar
Luciano Edler Suzart (40) 09/10/2009 10h20
Luciano Edler Suzart (40) 09/10/2009 10h20
A situação é periclitante, se antigamente se concedia o Nobel da Paz a quem de algum modo, plantava a paz no mundo, hoje (dada a escassez de boa fé geral) se concede o prémio a quem não faz a guerra... Como diria o sábio Maluf: "Antes de entrar queria fazer o bem, depois que entei, o máximo que conseguí foi evitar o mal"
Só assim pra se justificar esse Nobel a Obama, ou podemos ver como um estímulo preventivo a que não use da força bélica que lhe está disponível contra novos "Afeganistões" do mundo.
1 opinião
avalie fechar
honório Tonial (2) 16/05/2009 21h47
honório Tonial (2) 16/05/2009 21h47
Considero ecelente vosso noticiario. Obrigado, aos 83 anos de mnha vida, 8 opiniões
avalie fechar
Comente esta reportagem Veja todos os comentários (2850)
Termos e condições
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página