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Campanha de Obama critica política dos EUA em Israel
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da Folha Online
O senador Barack Obama afirmou recentemente que irá atuar diretamente no processo de paz entre israelenses e palestinos, caso seja eleito presidente dos Estados Unidos. Seus conselheiros de campanha criticaram o presidente George W. Bush por ter tido uma atuação muito fraca na questão durante os sete anos de seu mandato.
Eles criticaram também o fato do governo Bush não ter seguido rigorosamente as estipulações da conferência de Annapolis - evento realizado em novembro com os líderes de Israel e da Autoridade Nacional Palestina que se comprometeram a alcançar um acordo de paz no prazo de um ano.
Alex Brandon/AP |
O senador Barack Obama intensifica sua campanha em Jackson, Mississippi. Estado deve conceder vitória ao candidato democrata |
Um conselheiro próximo de Obama -- que permaneceu anônimo por pedido da equipe de campanha -- afirmou que Obama é "inegavelmente e abertamente compromissado em colocar seu poder presidencial para encontrar uma solução para os israelenses e palestinos".
Alguns conservadores questionaram a política de Obama quanto ao Oriente Médio. Eles criticam sua relação declarada com países tidos como perigosos, como o Irã. Sugerem também que ele pressionaria concessões israelenses à Palestina mais do que qualquer outro candidato ao cargo presidencial.
Obama respondeu às críticas enfatizando que uma ação mais presente no Oriente Médio não significa que ele pressionará Israel a aceitar um acordo palestino e afirma que seus planos são "um compromisso que será mantido".
O ex-embaixador do Israel e Egito, Daniel Kurtzer partiu em defesa do candidato democrata dizendo que não há evidências de que isso aconteceria efetivamente. Kutzer foi recentemente recrutado como conselheiro de Obama em questões do Oriente Médio e tem a missão de conquistar votos judeus para o democrata.
Para o conselheiro, Obama tem consciência do dilema que muitos israelenses enfrentam: por um lado, eles querem paz, mas por outro preocupam-se com a capacidade dos palestinos de se ater a compromissos estipulados.
Alguns comentaristas muçulmanos que têm acompanhado a disputa eleitoral nos Estados Unidos dizem acreditar que há pouca indicação na retórica de Obama de que ele manteria uma posição imparcial no conflito. Isso inclui sua postura na guerra libanesa ocorrida em 2006, quando argumentou fortemente pelo direito de Israel defender-se.
Segundo o relato do jornalista norte-americano Hussain Abdul-Hussain, que atualmente trabalha em uma publicação no Líbano: "Mesmo de um ponto de vista libanês, não há razão para acreditar que Obama seria melhor que Bush em Israel".
A suposta origem muçulmana de Obama, iniciada pela divulgação de uma foto na qual o candidato veste trajes típicos em visita à África, aumentou os debates em relação a sua postura no Oriente Médio. Alguns de seus críticos questionam seu apoio à nação judia e o conectam à figura política de Louis Farrakhan, conhecido por sua retórica anti-israelense.
Obama negou ser muçulmano e declarou-se cristão, após uma experiência de conversão. Sua campanha considera as suposições um "ataque injusto" daqueles que querem acabar com seu apoio entre os eleitores da comunidade judia.
Diferentes posições
Apesar das críticas a política internacional de George W. Bush, Obama concorda com a postura do atual presidente de apoiar o direito de Israel de defender-se dos ataques palestinos e sua política administrativa de evitar negociações com o grupo radical islâmico Hamas.
O tema parece mais simples para seus oponentes. Hillary Clinton, candidata democrata, conta com a boa reputação de seu marido, ex-presidente Bill Clinton que apoiou firmemente o Estado judaico.
Já seu oponente republicano, John McCain agendou uma viagem a Jerusalém na próxima semana para fortalecer sua imagem frente a questões internacionais.
Há um ano, Obama deu um discurso para o AIPAC, um grupo de lobbistas pró-Israel com sede em Washington. Na época, ele contou sobre sua visita ao país em 2006 e tentou estabelecer, para os eleitores, as bases de sua proposta política para a questão.
No evento, ele afirmou que, para alcançar a paz, será preciso que Israel e Estados Unidos façam um grande esforço conjunto. Obama afirmou também que, acima de tudo, é necessário um "compromisso claro com a segurança de Israel". Para ele, o país é o aliado mais forte dos Estados Unidos na região.
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Só assim pra se justificar esse Nobel a Obama, ou podemos ver como um estímulo preventivo a que não use da força bélica que lhe está disponível contra novos "Afeganistões" do mundo.
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