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Análise: Livro de ex-porta-voz da Casa Branca complica situação de McCain
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TERESA BOUZA
da Efe, em Washington
As declarações do ex-porta-voz da Casa Branca Scott McClellan sobre o Iraque prejudicam o candidato republicano John McCain, defensor da invasão, além de favorecer o democrata Barack Obama, o único presidenciável que se opôs à guerra.
Em sua obra "What Happened: Inside the Bush White House and Washington's Culture of Deception" (O que aconteceu: Dentro da Casa Branca de Bush e a cultura do engano em Washington, em tradução livre), McClellan disse que os Estados Unidos optaram por uma agressiva "campanha de propaganda política" ao invés da verdade para justificar a invasão do Iraque.
"A Guerra do Iraque não era necessária", concluiu o ex-funcionário americano em seu livro.
As críticas chegam em um mau momento para John McCain. O senador, a quem os democratas batizaram de "McBush", tenta se distanciar do atual presidente George W. Bush ao lembrar que, mesmo defendendo a invasão do Iraque, denunciou a estratégia equivocada durante os primeiros anos do conflito.
Na opinião de McCain, foram esses erros táticos que incomodaram o povo americano e não a decisão de iniciar a guerra.
Além disso, o senador voltou a atacar Barack Obama. McCain disse que o pré-candidato democrata não entende de política externa e só visitou o Iraque uma vez.
A campanha de Obama, que segundo os analistas é o mais beneficiado pelas revelações de McClellan, afirma que é estranho que McCain, que aceitou os argumentos para iniciar a guerra, dê lições aos outros sobre seu profundo conhecimento do Iraque.
"O senador McCain insiste em continuar a fracassada política de Bush que ainda custa tanto", disse na quarta-feira Bill Burton, um dos porta-vozes de Obama.
Já o senador democrata disse que votar em McCain implicaria em "mais quatro anos" das mesmas "políticas fracassadas" de Bush,
Hillary Clinton, rival de Obama na disputa pela candidatura democrata, também vinculou Bush à McCain, ao dizer que o senador republicano oferece "mais do mesmo", tanto em assuntos econômicos quanto na questão do Iraque.
Enquanto isso, os assessores de Obama afirmam que o senador por Illinois considera a possibilidade de visitar de novo o Iraque, mas ainda não tomou uma decisão. Sua primeira e única viagem à região foi em 2006, enquanto McCain esteve oito vezes no país árabe, a última em março.
Além da polêmica causada pelo livro de memórias de McClellan, as atenções estão voltadas agora para as últimas primárias democratas, que terminam na terça-feira em Montana e Dakota do Sul.
Barack Obama tem uma vantagem praticamente insuperável e está a apenas 48 delegados de se tornar candidato, segundo a última apuração da rede de televisão "CNN".
Na quarta-feira, ao responder com um simples "sim" ao ser perguntado se as eleições começam na próxima terça, o senador deu como praticamente certa a sua candidatura.
Nas duas últimas semanas, Obama se concentrou em Estados tidos como cruciais nas eleições, como Flórida, Novo México, Colorado e Nevada.
Essa estratégia e a confiança de que será o escolhido do Partido Democrata, parecem demonstrar que Obama não considera importante as três primárias restantes de Porto Rico, Montana e Dakota do Sul, assim como a reunião de amanhã que vai analisar o que fazer com os votos de Flórida e Michigan.
Os dois Estados foram punidos e não poderão enviar delegados à convenção, pois anteciparam a data de suas primárias. O partido decide amanhã se voltará atrás nessa decisão e buscará uma fórmula para que Flórida e Michigan tenham representação.
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Só assim pra se justificar esse Nobel a Obama, ou podemos ver como um estímulo preventivo a que não use da força bélica que lhe está disponível contra novos "Afeganistões" do mundo.
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