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14/10/2008 - 18h27

Eleição na Flórida está cercada de expectativa após fiasco de 2000

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da Folha Online
da France Presse, em Miami

O Estado da Flórida chega à eleição presidencial de 4 de novembro com um sistema de votação reformado, mas sem conseguir apagar os temores de que um resultado apertado leve, novamente, a intermináveis disputas como a ocorrida em 2000, quando o atual presidente republicano George W. Bush venceu o democrata Al Gore, depois que a Suprema Corte suspendeu a recontagem de votos na região.

Considerado um Estado sem tendência política definida e que pode decidir a eleição pela quantidade de eleitores que concede, a Flórida volta a ser o centro das atenções de organizações de controle eleitoral e de estrategistas de ambos os partidos, que desconfiam das garantias que, segundo autoridades locais, o novo sistema oferece.

Em dezembro de 2000, os resultados controversos na Flórida terminaram dando a Presidência dos EUA a Bush por uma diferença de pouco mais de 500 votos sobre o adversário Al Gore, após várias e polêmicas recontagens manuais de cédulas que não coincidiam, em processo que foi mais tarde suspenso pela Suprema Corte.

Reforma

Com reiteradas suspeitas em cada votação no Estado, o atual governador republicano Charlie Crist fez uma reforma eleitoral, na qual se usará, a partir de agora, leitores ópticos que imprimem em papel as opções dos eleitores.

O novo sistema utiliza scanners que contam os votos emitidos em uma cédula de votação. Essa, por sua vez, é guardada para que seja possível verificar os votos em caso de dúvida, ou de problemas técnicos.

"Esperamos o dia das eleições com muita confiança", disse Jennifer Krell Davis, porta-voz do Departamento de Estado da Flórida, órgão encarregado do sistema eleitoral.

"A Flórida fez uma grande mudança em seu sistema de votação e de procedimentos desde o ano 2000. Regras e leis foram uniformizadas, e há um processo muito mais organizado e estável", destacou.

"Desde 2006, existe uma base de dados única para todo o Estado com os eleitores registrados, algo que antes era administrado por cada condado, o que foi um grande avanço para eliminar a duplicação de pessoas registradas", destacou a porta-voz.

A Flórida assumiu a tarefa de reformar seu sistema de votação, após o fiasco de 2000, quando cédulas confusas, máquinas com defeito e listas incorretas fizeram com que milhares de votos fossem perdidos.

As máquinas eletrônicas, que não deixavam um registro em papel, voltaram a dar problema nas eleições legislativas nacionais de novembro de 2006, quando cerca de 18 mil votos se perderam em Sarasota (oeste da Flórida), após terem sido registrados como abstenções. Não foi possível verificá-los.

"Não vou antecipar problemas", disse Barack Obama, há alguns dias, durante uma visita de campanha na Flórida. "Simplesmente, vou me preparar, assegurando-me de que tenhamos advogados em centros de votação em todas as partes".

Democratas

Com a lição de Al Gore em mente, a campanha democrata distribuiu, por toda a Flórida, uma equipe de voluntários e agentes pagos para vigiar as eleições muito mais ampla do que a de McCain, menos preocupada com possíveis deslizes em um estado sob administração republicana.

"Para evitar outro escândalo como em 2000, o governador Charlie Crist aprovou uma lei que impede que as eleições possam ser decididas por contagem manual, na esperança de que, se houver problemas, não sejam notados", comentou a diretora da Coalizão para Eleições Justas na Flórida, Susan Pynchon.

Pynchon não duvida de que, se as eleições forem apertadas e a Flórida tiver, mais uma vez, um papel-chave na definição do novo ocupante da Casa Branca, "haverá problemas".

"Os dados não serão revelados, e não haverá, se for necessário, uma contagem manual", mas uma contagem limitada ao sistema computadorizado. Além disso, "as auditorias não são suficientes" e são feitas, tardiamente, depois que se anuncia o vencedor, alertou.

A enorme quantidade de novos eleitores registrados, que, na Flórida, são democratas em sua maioria, podem encontrar problemas para votar, diante da demora em processar a informação, antecipou Pynchon.

Ela advertiu ainda que outro mecanismo dos partidos é enviar cartas às residências dos eleitores e, se eles não forem encontrados, denunciar irregularidades em seu registro. Isso os obrigaria a fazer um novo trâmite para confirmar seus dados, sem o que sua participação pode ser impedida.

"Será posto em prática todo tipo de truque sujo para distorcer resultados em uma eleição apertada", avaliou Pynchon.

A Flórida é o quarto Estado do país pela quantidade de eleitores. Quem ganhar a votação nesse distrito terá 27 delegados (ou eleitores) dos 270 necessários no Colégio Eleitoral para ganhar a presidência dos Estados Unidos.

Comentários dos leitores
hugo chavez (262) 11/01/2010 22h49
hugo chavez (262) 11/01/2010 22h49
As "autoridades" de imigração dos eua encobriram maus-tratos a estrangeiros e falta de atendimento médico nos casos de detidos mortos na prisão nos últimos anos, denunciou o jornal "The New York Times". A informação é parte do conteúdo de documentos internos e confidenciais obtidos pela publicação e a ONG União Americana de Liberdades Civis. Ambos se acolheram a uma lei de transparência que obriga à divulgação deste tipo de informação pelo governo. Os documentos mencionam os casos de 107 estrangeiros que morreram nos centros de detenção para imigrantes desde outubro de 2003. "Certos funcionários, alguns deles ainda em postos-chave, usaram seu cargo para ocultar provas de maus-tratos, desviar a atenção da imprensa e preparar declarações públicas com desculpas, após ter obtido dados que apontavam os abusos". É mais uma da "democracia" estadounidense que vive apontando o dedo para os outros. Quanto tempo e quantas patifarias ainda faltam para que alguns reconheçam que "liberdade e democracia" são MITOS nos eua. Ali acontece todo o tipo de manipulação, tortura, conchavo, tráfico, suborno, violência, abuso, enfim, toda a sorte de patifarias. Os eua estão mergulhados no mais profundo colapso em TODOS os sentidos. Não dá mais para encobrir que eles não se diferenciam em nada de TODOS os regimes que criticam, mas, como tem o poder das armas e são totalmente influenciados pela doutrina nazi sionista racista e fascista, são os maiores e verdadeiros grandes TERRORISTAS do mundo. São os condutores das maiores mazelas nos 4 cantos e o povo estadounidense precisa recuperar o poder e realmente conseguir resgatar sua Nação. Para começar, é preciso ter presidentes de verdade e não fantoches de 2 partidos que têm os mesmos "senhores", o sionismo internacional. Vivemos um momento decisivo onde devemos apoiar a Resistência mundial e lutar para derrubar o eixo que venceu o outro eixo na 2ª guerra e construir um mundo livre voltado para o socialismo do século XXI. Não ao capitalismo e ao comunismo, duas faces da mesma moeda controladas pelos sionismo. sem opinião
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Luciano Edler Suzart (40) 09/10/2009 10h20
Luciano Edler Suzart (40) 09/10/2009 10h20
A situação é periclitante, se antigamente se concedia o Nobel da Paz a quem de algum modo, plantava a paz no mundo, hoje (dada a escassez de boa fé geral) se concede o prémio a quem não faz a guerra... Como diria o sábio Maluf: "Antes de entrar queria fazer o bem, depois que entei, o máximo que conseguí foi evitar o mal"
Só assim pra se justificar esse Nobel a Obama, ou podemos ver como um estímulo preventivo a que não use da força bélica que lhe está disponível contra novos "Afeganistões" do mundo.
1 opinião
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honório Tonial (2) 16/05/2009 21h47
honório Tonial (2) 16/05/2009 21h47
Considero ecelente vosso noticiario. Obrigado, aos 83 anos de mnha vida, 8 opiniões
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