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02/11/2008 - 17h20

Bush deixa herança negativa em popularidade externa

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MACARENA VIDAL
da Efe, em Washington

Duas guerras abertas, a perspectiva de duas novas potências nucleares e uma imagem negativa dos Estados Unidos serão parte da herança que o próximo presidente do país receberá na área de política externa.

Seja o vencedor o democrata Barack Obama ou o republicano John McCain, após as eleições de 4 de novembro, o próximo presidente terá pouco tempo para descansar dos quase dois anos de campanha eleitoral.

O presidente em fim de mandato, George W. Bush, já convocou para 11 dias depois da eleição uma cúpula internacional para tratar da crise financeira, onde seu sucessor poderá fazer sua estréia em âmbito externo.

O novo presidente terá também de resolver rapidamente a questão do Iraque, onde os EUA e Bagdá negociam um acordo para a continuidade das tropas americanas no país asiático. Em 31 de dezembro expira o mandato da ONU que legaliza a presença dos cerca de 150 mil soldados dos EUA no Iraque, e até agora a minuta do acordo, que prevê a manutenção desse contingente no país asiático até 2011, ainda não foi assinada.

Quando assumir o cargo em 20 de janeiro, o sucessor de Bush terá que começar a tomar decisões sobre o futuro dessas tropas e como pôr fim a esse conflito. Obama é partidário de uma retirada gradual em um prazo de um ano e meio, enquanto McCain não descarta a permanência no longo prazo.

A segunda guerra aberta, no Afeganistão, tem perspectivas cada vez mais espinhosas. O movimento taliban ressurgiu e a rede terrorista Al Qaeda encontrou refúgio, segundo os próprios EUA, nas regiões tribais do nordeste do Paquistão.

Washington se comprometeu a enviar mais tropas para o local, mas encontrou pouco entusiasmo entre seus aliados para reforçar o atual contingente da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) na região.

Obama afirma que, se for eleito, enviará parte das tropas que atualmente estão no Iraque para o Afeganistão, que ele considera a maior prioridade bélica americana. Ele também advertiu que, se o Paquistão não cooperar, está disposto a intervir nas regiões tribais em busca dos líderes da Al Qaeda.

McCain se opõe a isso, e diz que seu adversário é ingênuo em relação a essa questão, como afirmou na série de debates entre os dois candidatos.

No entanto, essa não é a única questão de desacordo entre os dois no que se refere à política internacional. A principal delas diz respeito à disposição de Obama de se reunir sem condições prévias --apenas com os preparativos adequados-- com líderes de países hostis aos EUA, uma posição que McCain criticou.

O próximo presidente terá também de encarar a crescente ameaça nuclear que emerge do Irã e garantir que a Coréia do Norte cumpra seus compromissos de desmantelar suas instalações atômicas.

Além disso, se até janeiro não houver um progresso surpreendente nas negociações, o presidente eleito terá de tentar dar um novo impulso às conversas de paz entre israelenses e palestinos.

Bush comprometeu-se a conseguir um acordo antes de abandonar o cargo, porém, após a renúncia do primeiro-ministro israelense Ehud Olmert, as perspectivas parecem cada vez mais distantes.

Continente

Na América Latina, o sucessor de Bush terá de lidar com a onda de populismo em países como Bolívia e Equador.

McCain é um grande conhecedor da região e, em plena campanha, viajou à Colômbia e ao México.

O governador do estado americano do Novo México, Bill Richardson, afirma em nome de Obama que dedicará uma "atenção estratégica" à região e que aprofundará as relações com países como Argentina e Brasil.

Mas, sobretudo, o grande desafio do novo presidente dos EUA será recuperar a imagem de seu país no exterior, que sofreu um duro golpe por causa do conflito no Iraque.

Pelo menos McCain e Obama podem encontrar consolo em um dado: segundo uma pesquisa do renomado Centro Pew realizada em 21 países em junho, a maioria deles diz esperar que a política externa americana melhore após a saída de Bush.

Comentários dos leitores
hugo chavez (262) 11/01/2010 22h49
hugo chavez (262) 11/01/2010 22h49
As "autoridades" de imigração dos eua encobriram maus-tratos a estrangeiros e falta de atendimento médico nos casos de detidos mortos na prisão nos últimos anos, denunciou o jornal "The New York Times". A informação é parte do conteúdo de documentos internos e confidenciais obtidos pela publicação e a ONG União Americana de Liberdades Civis. Ambos se acolheram a uma lei de transparência que obriga à divulgação deste tipo de informação pelo governo. Os documentos mencionam os casos de 107 estrangeiros que morreram nos centros de detenção para imigrantes desde outubro de 2003. "Certos funcionários, alguns deles ainda em postos-chave, usaram seu cargo para ocultar provas de maus-tratos, desviar a atenção da imprensa e preparar declarações públicas com desculpas, após ter obtido dados que apontavam os abusos". É mais uma da "democracia" estadounidense que vive apontando o dedo para os outros. Quanto tempo e quantas patifarias ainda faltam para que alguns reconheçam que "liberdade e democracia" são MITOS nos eua. Ali acontece todo o tipo de manipulação, tortura, conchavo, tráfico, suborno, violência, abuso, enfim, toda a sorte de patifarias. Os eua estão mergulhados no mais profundo colapso em TODOS os sentidos. Não dá mais para encobrir que eles não se diferenciam em nada de TODOS os regimes que criticam, mas, como tem o poder das armas e são totalmente influenciados pela doutrina nazi sionista racista e fascista, são os maiores e verdadeiros grandes TERRORISTAS do mundo. São os condutores das maiores mazelas nos 4 cantos e o povo estadounidense precisa recuperar o poder e realmente conseguir resgatar sua Nação. Para começar, é preciso ter presidentes de verdade e não fantoches de 2 partidos que têm os mesmos "senhores", o sionismo internacional. Vivemos um momento decisivo onde devemos apoiar a Resistência mundial e lutar para derrubar o eixo que venceu o outro eixo na 2ª guerra e construir um mundo livre voltado para o socialismo do século XXI. Não ao capitalismo e ao comunismo, duas faces da mesma moeda controladas pelos sionismo. sem opinião
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Luciano Edler Suzart (40) 09/10/2009 10h20
Luciano Edler Suzart (40) 09/10/2009 10h20
A situação é periclitante, se antigamente se concedia o Nobel da Paz a quem de algum modo, plantava a paz no mundo, hoje (dada a escassez de boa fé geral) se concede o prémio a quem não faz a guerra... Como diria o sábio Maluf: "Antes de entrar queria fazer o bem, depois que entei, o máximo que conseguí foi evitar o mal"
Só assim pra se justificar esse Nobel a Obama, ou podemos ver como um estímulo preventivo a que não use da força bélica que lhe está disponível contra novos "Afeganistões" do mundo.
1 opinião
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honório Tonial (2) 16/05/2009 21h47
honório Tonial (2) 16/05/2009 21h47
Considero ecelente vosso noticiario. Obrigado, aos 83 anos de mnha vida, 8 opiniões
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