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30/06/2009 - 07h52

Novo chanceler crê poder provar que não houve golpe em Honduras

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FABIANO MAISONNAVE
enviado especial da Folha de S. Paulo a Tegucigalpa (Honduras)

O recém-empossado ministro de Relações Exteriores de Honduras, Enrique Ortez, terá a tarefa mais difícil do novo governo do país: convencer o mundo de que não houve um golpe de Estado. Até esta segunda-feira, nenhum país havia reconhecido a posse do presidente Roberto Micheletti.

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O presidente eleito Manuel Zelaya foi derrubado do poder neste domingo (28), em um golpe orquestrado pela Justiça e o Congresso e executado por um grupo de militares que o expulsaram para a Costa Rica, provocando uma condenação mundial unânime.

O golpe foi realizado horas antes de o país iniciar uma consulta pública sobre um referendo para reformar a Constituição. O presidente deposto queria incluir o referendo sobre a convocação da Assembleia Constituinte --que, segundo críticos, era uma forma de Zelaya instaurar a reeleição presidencial no país-- nas eleições gerais de 29 de novembro. A proposta, contudo, foi rejeitada pelo Congresso.

Os parlamentares afirmaram que a deposição de Zelaya foi aprovada por suas "repetidas violações da Constituição e da lei e desrespeito a ordens e decisões das instituições". O presidente deposto defendeu-se dizendo ser vítima de "um complô de uma elite voraz, uma elite que só quer manter o país isolado, em um nível extremo de pobreza".

Ex-assessor de Defesa de Zelaya, Ortez, advogado de formação, é um antigo membro do Partido Liberal. Em governos anteriores, foi ministro de Governo e embaixador. Ele concedeu entrevista, minutos antes de assumir, à Fabiano Maisonnave, publicada nesta terça-feira pela Folha
(a íntegra está disponível apenas para assinantes do jornal e do UOL).

Ele afirma que ainda não sabe qual será a estratégia do novo governo para se legitimar. "Só o que vou dizer é que não vou brigar com ninguém. Existem leis nacionais e leis internacionais. Vamos respeitar todos os tratados internacionais assinados, inclusive a Alba [bloco liderado pelo venezuelano Hugo Chávez]".

Ortez falou ainda das críticas do governo Lula, que afirmou que reconhece apenas o governo de Zelaya.

"Eu não ouvi, mas vou pedir explicações oficiais ao embaixador brasileiro para que ele tenha a informação adequada. Além disso, o cangaceiro [sic] e o hondurenho às vezes divergem pela forma de falar", disse.

Comentários dos leitores
Luciano Filgueiras (94) 02/02/2010 17h52
Luciano Filgueiras (94) 02/02/2010 17h52
Sobre o comentário do nosso estimado Diplomata, dizendo ele, que o nosso país inspira o desarmamento mundial; apenas brinco: "Nosso Amorim é um gozador!... sem opinião
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sebastião chaves (9) 02/02/2010 15h19
sebastião chaves (9) 02/02/2010 15h19
como tem pirado escrevendo e enviando os seus comentários. os textos chegam ser manifestações de humorismo involuntário.
Peço àqueles que discordam das bobagens escritas, sejam condescentes com os pirados da silva.
Pai, perdoi, eles não sabem o que escrevem. Descansem em paz, pirados.
sem opinião
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John Reed (41) 02/02/2010 03h21
John Reed (41) 02/02/2010 03h21
A realidade é inexorável.
Ideologias fajutas não passam de blá-blá-blá porque são míopes para enxergar qualquer coisa. Mas certamente não querem ver nada porque acham que já pensaram em tudo. Aí quando a realidade contraria a 'verdade' ideológica as coisas começam a ficar violentas.
Já viu uma criança contrariada? Pois é. Parece que o brinquedo favorito do Coronel Presidente Hugo Chávez se recusa a funcionar como ele deseja. E isso acaba refletindo em alguns nesse fórum, que contrariados produzem textos violentos tanto no estilo quanto no conteúdo.
Uma política carioca, médica, disse (isso ninguém me contou), no ocaso dos países comunista pós Muro, que o ideal e modelo de país a ser seguido eram os da Albânia. Caramba! Isso tem 20 anos.
É pra dar medo: o que a crença em ideologias ou dogmas pode fazer com uma pessoa culta e inteligente. Como já disse, a realidade é desagradavelmente real para alguns.
2 opiniões
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