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13/07/2009 - 11h02

Mediador diz que diálogo sobre Honduras deve ser retomado em oito dias

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da France Presse, em Tegucigalpa
da Folha Online

O presidente da Costa Rica, Oscar Arias, escolhido como mediador do diálogo entre o presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, e o governo interino de Roberto Micheletti, afirmou neste domingo que as negociações para uma solução à crise causada pelo golpe de Estado de 28 de junho passado pode ser retomado em "cerca de oito dias".

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A primeira tentativa de diálogo, na quinta-feira passada (9), acabou sem um encontro entre Zelaya e Micheletti e com a única promessa de retomar a negociação em um futuro próximo. Zelaya diz não negociar seu retorno ao poder como presidente constitucional e Micheletti, que nega ter orquestrado um golpe de Estado, rejeita a restituição.

Arias, ganhador do Prêmio Nobel da Paz por mediar conflitos na América Central, foi uma escolha aprovada unanimemente pelas duas partes e pelos Estados Unidos.

Neste domingo, Micheletti afirmou que o adiantamento das próximas eleições --previstas para 29 de novembro-- pode ser uma saída para o conflito político do país e uma forma de escapar da condenação e isolamento internacional pelo golpe de Estado.

O governo abriu a porta a uma anistia para o presidente Zelaya, mas ele insiste que retornará como presidente do país centro-americano.

O governo interino acusa Zelaya de traição da pátria, abuso de poder e corrupção após o presidente deposto tentar modificar a Constituição para abrir a possibilidade de reeleição.

"Acredito que adiantar as eleições é uma proposta que... não é descabida. Poderia ser uma solução para este problema", disse no domingo à agência de notícias Reuters.

Toque de recolher

Depois de duas semanas de tensão na capital Tegucigalpa, os moradores passaram a primeira noite sem o toque de recolher --derrubado neste domingo pelo governo interino.

"A única coisa que queremos é que a situação se normalize o antes possível e as pessoas tenham uma vida normal nas ruas", disse Ernestina Núñez, vendedora de uma loja de produtos artesanais.

Mesmo com a queda do toque de recolher, a população continua em dúvida sobre a normalidade da situação diante do congelamento da ajuda internacional ao país empobrecido.

"A suspensão da ajuda internacional é gravíssima porque cerca de um terço do PIB, cerca de US$ 1,5 bilhão, dependem de ajuda bilateral e multilateral", disse o economista Nelson Avila, ex-assessor de Zelaya.

O economista Martín Barahona, ex-presidente do Colégio de Economistas de Honduras, alertou que o país "só tem capacidade de se sustentar de forma autônoma por quatro ou cinco meses."

"Nas atuais condições, é impossível que o governo possa resistir por mais de seus meses", reforçou Wilfredo Girón, professor de Economia da Universidade Nacional Autônoma de Honduras.

Comentários dos leitores
Luciano Filgueiras (94) 02/02/2010 17h52
Luciano Filgueiras (94) 02/02/2010 17h52
Sobre o comentário do nosso estimado Diplomata, dizendo ele, que o nosso país inspira o desarmamento mundial; apenas brinco: "Nosso Amorim é um gozador!... sem opinião
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sebastião chaves (9) 02/02/2010 15h19
sebastião chaves (9) 02/02/2010 15h19
como tem pirado escrevendo e enviando os seus comentários. os textos chegam ser manifestações de humorismo involuntário.
Peço àqueles que discordam das bobagens escritas, sejam condescentes com os pirados da silva.
Pai, perdoi, eles não sabem o que escrevem. Descansem em paz, pirados.
sem opinião
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John Reed (41) 02/02/2010 03h21
John Reed (41) 02/02/2010 03h21
A realidade é inexorável.
Ideologias fajutas não passam de blá-blá-blá porque são míopes para enxergar qualquer coisa. Mas certamente não querem ver nada porque acham que já pensaram em tudo. Aí quando a realidade contraria a 'verdade' ideológica as coisas começam a ficar violentas.
Já viu uma criança contrariada? Pois é. Parece que o brinquedo favorito do Coronel Presidente Hugo Chávez se recusa a funcionar como ele deseja. E isso acaba refletindo em alguns nesse fórum, que contrariados produzem textos violentos tanto no estilo quanto no conteúdo.
Uma política carioca, médica, disse (isso ninguém me contou), no ocaso dos países comunista pós Muro, que o ideal e modelo de país a ser seguido eram os da Albânia. Caramba! Isso tem 20 anos.
É pra dar medo: o que a crença em ideologias ou dogmas pode fazer com uma pessoa culta e inteligente. Como já disse, a realidade é desagradavelmente real para alguns.
2 opiniões
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