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13/04/2009 - 02h30

Hospitais psiquiátricos, travestis, fumo, moda

da Folha Online

Hospitais psiquiátricos

"O poeta Ferreira Gullar ('Uma lei errada', Ilustrada de ontem) não deveria ter o direito, por ser colunista da Folha, de falar de maneira ideológica a respeito de uma lei brasileira que está à frente do seu tempo.
Sou professora da Faculdade de Medicina da Unicamp e tenho recebido financiamento público importante (R$ 400 mil, do CNPq e da Fapesp) para realizar pesquisas sobre os serviços de saúde da reforma psiquiátrica brasileira e posso afirmar que eles têm se mostrado eficazes para a contenção de casos graves, tanto na voz dos usuários como na dos próprios familiares e gestores, em redes bem constituídas, como a da cidade de Campinas, por exemplo.
Inúmera bibliografia internacional reforça e estimula esse aspecto da legislação brasileira, que o Sistema Único de Saúde (SUS) se esforça em implementar. Temos especialistas no país inteiro trabalhando e pesquisando sobre o tema. Que a Folha deixe um colunista 'viajar' na sua história pessoal, sem outras evidências, é um fato ruim e que fala mal do rigor do próprio jornal.
Convido Ferreira Gullar a conhecer a rede pública de Campinas e me disponho a pedir autorização da Faculdade de Ciências Médicas para acompanhá-lo pessoalmente na sua visita, se ela for possível."

ROSANA ONOCKO CAMPOS, Departamento de Medicina Preventiva e Social da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp (Campinas, SP)

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"O que entendo como desastre é que esse tipo de opinião circule em pleno 2009. Além da carrada de preconceitos com que nos brinda em seu texto pretensamente bem refletido, o senhor Gullar demonstra estar longe de conhecer o momento histórico, os antecedentes filosóficos e os avanços práticos da reforma psiquiátrica no Brasil. Será que o senhor Gullar já ouviu falar em Caps 3 e residências terapêuticas? Será que visitou um hospital psiquiátrico público para chamar de conveniente a 'contenção de crise'? O articulista precisa conhecer melhor os avanços humanos e sociais que a reforma atingiu. Precisa ler um pouquinho mais sobre o papel central que a cidadania e a liberdade têm num processo de regressão sadia de uma psicose grave. Precisa se atualizar para descobrir que não são apenas os muros dos manicômios físicos que precisamos derrubar, mas principalmente nossos manicômios mentais, que infelizmente cotinuam muito presentes."

THESSA GUIMARÃES, estudante de psicologia na Universidade de Brasília (Brasília, DF)

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Travestis

"Muito oportuno o artigo do doutor Drauzio Varella sobre o preconceito contra travestis (Ilustrada, sábado). É verdadeiramente desumano o tratamento dado a essas pobres criaturas, tanto pela sociedade como pelo poder público. O governo ergue bandeira a favor do negro (nada contra), mas será que ninguém neste mesmo governo enxerga que o preconceito que essa parcela da população sofre é o mais desumano e cruel de todos?"

LÉLIA ARAÚJO (Recife, PE)

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Fumo

"Parece que o leitor Marco Antonio Fernandes ('Painel do Leitor', 12/4), fumante há 45 anos (parabéns por estar vivo!), se sentiu muito irritado com a lei, já que cigarros, crack, cocaína e outras drogas podem ser usadas em presídios. E o pior foi ter visto na TV um PM dizer que não poderia fazer nada contra usuários de crack. Só não explicou o motivo que o PM alegou: 'é uma questão de saúde pública'. Assim como o cigarro.
O senhor Antonio pode continuar a fumar, assim como usuários de drogas também, desde que não afetem os outros."

FRANCISCO XAVIER FERNANDEZ (São Paulo, SP)

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Moda

"Agora mais essa, promotora quer cota para negros em desfiles na São Paulo Fashion Week (Cotidiano, ontem). E vejo que o Ministério Público paulista está avançado, que elevado nível de especialização! A promotora Déborah Kelly Affonso é do grupo de atuação especial de inclusão do Ministério Público...
Ao ver da grande maioria de cidadãos do bem, o Ministério Público precisa de uma atuação voltada para questões mais gritantes: como saúde, educação, sistema prisional etc.
Mas, se a moda do politicamente correto é o estabelecimento de cotas para negros, índios..., vamos pensar em estabelecer essas cotas em todas as estruturas doBrasil: no Senado, em todas as casas legislativas (federais, estaduais e municipais), bem como em todos as procuradorias: federais, estaduais, militares e de autarquias, de igual forma em todos os escalões do Poder Judiciário.
Será muito bom e progressista, equânime, democrático, essa implementação de cotas. Vai ajudar o Brasil a se transformar em uma nação com problemas raciais."

MARIA RITA MURANO GARCIA (Campo Grande, MS)

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"Tem mesmo toda a razão a senhora promotora de Justiça doutora Déborah Kelly Affonso, do grupo de atuação especial de inclusão do Ministério Público (eu nem sabia que isto existia!) ao 'solicitar' cotas para negros nos desfiles do evento de moda São Paulo Fashion Week.
Sem dúvida, o pessoal de Milão, Paris, Nova York e Tóquio invejará o politicamente correto, elevado às últimas consequências, que emana destas terras macunaímicas e nos copiará.
É claro que tal exemplo nos inspirará também, além das cotas exclusivas para negros nos próximos concursos para o ingresso na carreira do MP estadual paulista, a nos lembrar igualmente de exigir tão nobre pleito quando da famosa lista tríplice a ser apresentada ao governador do Estado para a escolha do futuro procurador-geral de Justiça do Ministério Público do Estado.
Afinal, cota que baixa em 'Chico' tem de baixar também no 'doutor Francisco'."

PAULO BOCCATO (São Carlos, SP)

 

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