Crítica cinema/comédia
Longa é derivado desnecessário de série de sucesso na televisão
Se o valor de um filme pudesse ser calculado pela quantidade de celebridades fazendo uma ponta, "Entourage: Fama e Amizade" seria uma obra-prima. Um "Cidadão Kane" das agendas telefônicas.
Ronda Rousey, Pharrell Williams, Mike Tyson, Liam Neeson, Kelsey Grammer, Mark Wahlberg, Jessica Alba e dezenas de outros famosos aparecem no longa.
Mas, como a ostentação de bons contatos em Hollywood ainda não virou critério artístico, "Entourage" precisa ser encarado pelo que ele é: derivação desnecessária de uma série de TV de sucesso que não acrescenta nada ao original.
A estratégia é a mesma dos longas derivados de "Sex and the City": aproveitar a nostalgia dos fãs para faturar. Dessa vez, o astro de cinema Vincent Chase (Adrian Grenier) se arrisca a dirigir seu primeiro filme, com a ajuda de sua entourage e a produção de seu ex-agente e agora chefe de estúdio Ari Gold.
Os problemas começam quando o orçamento estoura, e os financiadores se recusam a dar mais dinheiro. Mas os conflitos da trama são tão fugazes quanto as participações.
A moral da história: num meio cheio de tentações sexuais, monetárias e egóicas, a amizade deve prevalecer. Oito temporadas de série eram mais que suficientes para dar conta de uma lição tão básica.
ENTOURAGE: FAMA E AMIZADE
(ENTOURAGE)
DIREÇÃO Doug Ellin
ELENCO Adrian Grenier, Kevin Connolly, Jerry Ferrara
PRODUÇÃO EUA, 2015, 16 anos
QUANDO em cartaz
AVALIAÇÃO regular