Briga de espiões vitimou Nisman, afirma governo
Governistas argentinos têm apontado que a morte de Nisman é decorrência de uma briga na secretaria de inteligência, e que um grupo de ex-agentes estaria por trás do caso.
Tanto Cristina Kirchner como pessoas de seu governo sugerem que o promotor foi ludibriado ao acusar a presidente baseado em provas falsas baseadas em informações passas por Antonio Stiusso.
Até dezembro do ano passado, Stiusso foi chefe de contrainteligência da SI (Secretaria de Inteligência, até pouco tempo conhecida como Side, algo semelhante à Abin no Brasil).
Ele trabalhou durante 42 anos no órgão e foi demitido pelo agora novo chefe do órgão, Oscar Parrilli. A demissão foi uma das primeiras ações de Parrilli ao assumir a pasta.
Nisman e Stiusso eram próximos e foram apresentados por quem decidiu criar uma unidade específica para investigar o caso da Amia: Néstor Kirchner, ex-presidente argentino e marido de Cristina, morto em 2010.
Cristina e seus aliados sugerem que os responsáveis pela morte de Nisman são os mesmos que teriam enganado o promotor.
A ONG Associação pelos Direitos Civis publicou um documento em que aponta um descontrole da Secretaria de Inteligência. No texto, afirma que o órgão "constitui uma verdadeira ameaça à democracia e aos direitos dos cidadãos".
Para a ONG, a morte de Nisman é a "dinâmica perversa de autonomia" dos serviços de inteligência.