Professores fazem ato contra Richa em Curitiba
Protesto atraiu 10 mil; categoria manterá greve
Reajuste salarial é a nova pauta dos protestos; aliados de Beto Richa pressionam por queda de secretário
Ao menos 10 mil pessoas foram às ruas de Curitiba na manhã desta terça (5) para protestar contra o governo Beto Richa (PSDB) e apoiar os cerca de 160 manifestantes feridos numa ação policial no último dia 29.
Na ocasião, a Polícia Militar reprimiu com bombas de gás, balas de borracha e jatos de água quem protestava contra a aprovação de projeto que altera a previdência dos servidores estaduais.
Desta vez, a polícia apenas monitorou o trânsito. Não houve registro de confusão.
Houve buzinaço em apoio aos professores e pedidos de saída do tucano e de seu secretário da Segurança, Fernando Francischini.
À tarde, professores estaduais decidiram manter a greve por tempo indeterminado. A categoria está parada há oito dias e foi a principal mobilizadora do protesto do dia 29.
A pauta principal mudou. Da oposição à alteração na previdência --aprovada pelos deputados estaduais no dia do confronto entre PM e manifestantes, e que será contestada pelo sindicato na Justiça--, passou para o reajuste salarial. Eles pedem a correção pela inflação.
Richa tem sido pressionado, por manifestantes e pela base aliada, a demitir os responsáveis pela ação policial.
Nesta terça, aliados do tucano davam como certa a saída do comandante-geral da PM, coronel Cesar Vinicius Kogut, e do secretário da Educação, Fernando Xavier Ferreira.