Outro Lado
Gestores negam irregularidades em convênios
Os gestores que presidiram a ONG IDR-Sisal desde a sua fundação negam irregularidades no cumprimento de convênios e afirmam que o ministro Aroldo Cedraz não beneficiou a entidade.
Primeiro presidente da ONG e cunhado de Cedraz, Sílvio Roberto Habib afirma que os convênios firmados no período em que comandou a entidade tiveram suas contas aprovadas.
Ele informa que deixou a presidência da ONG após lei que impede que convênios federais sejam firmados com entidades dirigidas por parentes de servidores federais, incluindo do TCU.
"Depois disso, atuei no instituto somente como consultor e sem remuneração", afirma Habib, que também nega participação no convênio para treinamento de trabalhadores petroleiros no Ceará.
Ele também nega qualquer atuação direta do cunhado Aroldo Cedraz na entidade.
"Ele ajudou apenas na emenda que permitiu construirmos a sede. Depois que se tornou ministro, só esteve lá uma vez", afirmou.
Presidente da ONG entre 2008 e 2012, Dagoberto Rios afirma que o convênio com o Ministério do Trabalho teve a primeira etapa integralmente cumprida.
Para isso, a entidade abriu filial em Fortaleza e contratou instrutores.
Ele justifica a interrupção do contrato alegando discordâncias da entidade com os termos do convênio e nega que haja irregularidades.
GESTÃO ATUAL
O atual presidente, Eduardo Oliveira, afirma que a entidade não possui mais convênios com o governo federal. O gerente de projetos José Daniel Rios afirma que "a gestão atual não tem compromissos políticos".
O Ministério do Trabalho afirma que firmou o convênio com a ONG após seleção pública.
A pasta informa ainda que serão tomadas medidas administrativas pela rejeição das contas da ONG, como a inscrição no Cadastro de Inadimplentes.